Os trabalhadores vão levar à população a mensagem que a luta é em favor de toda a sociedade, já que é contra os cortes que o governo vem fazendo no orçamento da saúde e da educação públicas, bem como a retirada de direitos trabalhistas que atingem toda a classe trabalhadora.
Os servidores reivindicam índice de 27,3% no piso da tabela considerando as perdas de janeiro de 2011 a julho de 2016; aprimoramento da carreira com correção das distorções, levando em consideração a racionalização dos cargos, piso de três salários mínimos e step de 5%; reposicionamento dos aposentados e pensionistas, e concurso público via Regime Jurídico Único (RJU) para todos os níveis de classificação; não retirada de ganhos administrativos e judiciais dos servidores; e reconhecimento dos certificados de capacitação dos aposentados quando se encontravam na ativa.
A categoria também reivindica por melhores condições de trabalho com pauta que contempla turnos contínuos com redução da jornada de trabalho para 30 horas, sem ponto eletrônico e sem redução de salário; revogação da lei que cria a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) para gerir os hospitais universitários das instituições federais de ensino e pela contratação de trabalhadores via concurso público; e suspensão imediata dos cortes orçamentários nas instituições de ensino e recomposição do orçamento.
Greve legal
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) reconheceu a legalidade da greve da Federação de Sindicato de Servidores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra). A decisão refere-se à greve dos servidores de 2014, mas tem validade também para o movimento realizado neste ano.
Tendo em vista o não cumprimento, pelo governo, da decisão judicial do STJ que obrigava o governo a abrir negociação com a Fasubra, o Ministro confirmou também a legalidade de a Federação retomar o movimento grevista.