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Em protesto contra reestruturação, seis agências do Banco do Brasil fecham nesta terça-feira no Estado

Os bancários do Banco do Brasil do Estado aderiram ao movimento nacional dos trabalhadores da instituição, nesta terça-feira (29), contra a proposta de reestruturação do banco, que acarretará no fechamento de agências e no Plano Extraordinário de Aposentadoria Incentivada (PEAI).

No Estado, serão afetadas as agências Moscoso e Rio Branco, em Vitória, que serão fechadas, e as agências Expedito Garcia, em Cariacica, e Jardim Limoeiro, na Serra, que serão transformadas em postos de atendimentos.

Como parte do movimento nacional, permaneceram fechadas nesta terça-feira as agências Rio Branco; Expedito Garcia; Glória, em Vila Velha; Jucutuquara e Pio XII, em Vitória.

O Sindicato dos Bancários do Estado (Sindibancários-ES) aponta que a reestruturação foi anunciada sem diálogo com os trabalhadores ou com as representações dele. Esta medida foi tomada visando uma economia de R$ 750 milhões em despesas, no entanto, o número de funcionários já é insuficiente para atender à demanda de usuários. A sobrecarga pode ficar ainda maior diante da redução em 18 mil trabalhadores na instituição, segundo o diretor do sindicato, Thiago Duda, que ressalta que, com um lucro de R$ 14,4 bilhões em 2015, deveria ampliar a rede de atendimento, com mais contratações, em vez de incentivar a aposentadoria e reduzir o número de agências.

O diretor também lembra que a reestruturação atende aos interesses do mercado e enfraquece a instituição enquanto banco público, o que caracteriza mais uma ofensiva para privatizar o Banco do Brasil.

O sindicato também ressalta que a estratégia do banco é focar nas ferramentas de atendimento digital, que começaram a ser implantadas em 2014, com foco nos clientes de alta renda. No entanto, para os bancários, este modelo representa sobrecarga de trabalho, desrespeito à jornada de trabalho e aumento de pressão para cumprimento de metas.

O trabalho no BB Digital – que tem atendimento feito por telefone ou online – inclui os bancários em condições de trabalho semelhantes às do telemarketing, que garante ao empregado o direito de dois intervalos de 10 minutos contínuos, após a primeira e antes da última hora trabalhada.

Além disso, o bancário passa a ser monitorado durante todo o expediente pelo gestor, que pode acessar a tela de trabalho do empregado e controlar, via software, o tempo gasta em cada ação, como leitura de e-mails e circulares.

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