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Enfermeiros da Sesa questionam Estado por exigir dedicação exclusiva

Um grupo de enfermeiros que atua no Hospital Infantil Nossa Senhora da Glória, em Vitória, vem denunciando ao Sindicato dos Enfermeiros do Estado (Sindienfermeiros-ES) o assédio moral praticado pela Secretaria de Estado de Saúde (Sesa) e de Gestão e Recursos Humanos (Seger), que ameaçam exoneração caso os profissionais não abram mão do segundo vinculo empregatício.

Atuar com mais de um vínculo, no entanto, é legal, como explica a presidente do Sindienfermeiros, Andressa Barcelos. Ela conta que a Constituição Federal garante que diversas categorias profissionais – dentre elas os enfermeiros – terem mais de um vínculo, desde que não haja conflito entre eles. Este é o caso dos enfermeiros assediados pelo governo, que atuam com mais de um vínculo, sem conflitos entre eles.

Andressa ressalta que os servidores não acumulam vínculos porque querem, e sim por conta das perdas salariais históricas. Os servidores públicos do Estado estão há dois anos sem a revisão anual dos vencimentos – que é direito garantido também em Constituição. Além disso, as perdas históricas da categoria ultrapassam os 70%. “A pessoa tem outro emprego para suprir essa necessidade e o Estado ainda quer dedicação exclusiva”, lamenta ela.

A presidente do Sindienfermeiros acrescenta que o Estado vem notificando os enfermeiros – principalmente os profissionais em estágio probatório – ameaçando de exoneração aqueles que não deixarem o segundo vínculo.

À medida que os enfermeiros denunciam o caso ao sindicato, a entidade ingressa com ação contra o Estado por conta da prática abusiva, já que não há incompatibilidade de horários, pelos enfermeiros possuírem apenas dois cargos públicos. Nas ações, o Sindienfermeiros pede concessão de liminar para que cesse abertura de processo administrativo contra servidores enfermeiros lotados na Sesa.

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