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Entidades se solidarizam com trabalhadores da Jurong que foram mantidos em cárcere privado

O episódio ocorrido na tarde dessa terça-feira (22), no Estaleiro Jurong Aracruz (EJA), no norte do Estado, quando 40 trabalhadores ficaram em cárcere privado por se recusarem a assinar demissões gerou repúdio tanto pelo Sindicato dos Metalúrgicos do Estado (Suport-ES) quanto pelo Sindicato Unificado da Orla Portuária (Suport-ES), que se solidarizou com os trabalhadores.

Os metalúrgicos, que trabalhavam normalmente, foram chamados para comparecer a uma sala anexa ao refeitório. Eles suspeitavam que a convocação tinha a ver com a greve encerrada na última quinta-feira (17). Os metalúrgicos, porém, ficaram surpresos com descobriraram o real motivo da reunião. Eles foram informados que estão sendo demitidos por ordem de Cingapura.

Os trabalhadores se negaram assinar a rescisão, já que houve acordo no Tribunal Regional do Trabalho no Estado (TRT-ES) que estabelece que nenhum trabalhador pode ser demitido antes do encerramento das negociações salariais. Neste momento, os trabalhadores foram impedidos de sair do estaleiro e coagidos por seguranças e policiais à paisana portando armas de fogo.

Os metalúrgicos só foram liberados depois que o Sindimetal acionou o Ministério Público do Trabalho (MPT), relatando a situação e houve o deslocamento de um representante do órgão ao estaleiro, que exigiu a liberação dos trabalhadores.

Na próxima segunda-feira (28) haverá uma reunião no MPT com o sindicato para debater a situação dos trabalhadores.

O Sindimetal acredita que as demissões são retaliação aos trabalhadores que participaram da greve, que foi iniciada em 31 de agosto. Os trabalhadores demitidos são justamente aqueles que estavam à frente do movimento.

Durante todo o período da greve a Jurong utilizou a tática da intimidação contra os trabalhadores. Nas assembleias, os trabalhadores enfrentaram a pressão da Polícia Militar. Durante os atos, eram deslocadas viaturas para a entrada do estaleiro, com policiais ostentando armas de choque e gás lacrimogêneo na frente dos trabalhadores.

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