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Fenaban vai para negociação com bancários sem apresentar proposta

A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) sentou à mesa de negociação com o Comando Nacional dos Bancários, nesta terça-feira (15) sem apresentar propostas para as reivindicações dos trabalhadores. Os empresários insistem em propor reajuste salarial abaixo da inflação.

Por conta da atitude considerada desrespeitosa por parte dos banqueiros, o Sindicato dos Bancários do Estado (Sindibancários-ES) recomenda à categoria que a paralisação seja intensificada. A greve completou uma semana nesta terça-feira.

Para o diretor do Sindibancários e representante dos trabalhadores capixabas e da Intersindical no Comando Nacional, Idelmar Casagrande, é inaceitável que Fenaban convoque reunião sem sinalizar nenhuma nova proposta para a categoria.

Os trabalhadores não aceitarão abono, mas reajuste real e solução para os problemas de saúde e condições de trabalho da categoria.

Os empresários mantiveram a proposta de reajuste de 7% no salário, na Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e nos auxílios refeição, alimentação, creche, e abono de R$ 3,3 mil. A proposta, que já havia sido rejeitada na última sexta-feira (9), sequer repõe a inflação do período, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que ficou em 9.62% em agosto. A próxima reunião de negociação acontece na quinta-feira (15).

Nesta terça-feira, 333 agências permaneceram fechadas no Estado, sendo 185 da Grande Vitória e 148 do interior. São 78 agências a mais se comparado ao primeiro dia de greve no Estado.

Em todo o País, fecharam 11.531 agências e 48 centros administrativos. O número representa 48,97% de todas as agências do Brasil.

Dentre as principais reivindicações dos bancários estão reajuste salarial, com reposição da inflação (9,57%) mais 5% de aumento real; PLR de três salários mais R$8.317,90; piso salarial de R$3.940,24 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último); vale alimentação no valor de R$880 ao mês (valor do salário mínimo); vale refeição no valor de R$880,00 ao mês; 13ª cesta e auxílio-creche/babá no valor de R$880 ao mês; melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários; fim das demissões; mais contratações; fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do Projeto de Lei Complementar (PLC) 30/15 no Senado, além da ratificação da Convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que coíbe dispensas imotivadas; e Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.

Banestes

A rodada de negociação específica do Banestes, que também aconteceu nesta terça, terminou sem avanços. Nenhuma proposta foi apresentada pela instituição financeira, que afirmou aguardar o que será proposto pela Fenaban para dar continuidade às negociações com os banestianos.

Os bancários destacaram na negociação que, independentemente do que for proposto pela Fenaban, o banco estadual pode ir além no Acordo Coletivo, já que não faltam recursos. Somente primeiro semestre deste ano a instituição financeira lucrou R$ 84,7 milhões, valor 2,8% maior do que o registrado no mesmo período em 2015.

Na negociação específica do Banestes os funcionários reivindicam reajuste salarial de 24,58%; reposição das perdas salariais ocorridas no período de setembro de 1994 a agosto de 2016; equiparação da comissão de gerente de relacionamento e de negócios; contratação de mais empregados; aumento da contribuição do banco para a Baneses de 9% para 15% e que o Banestes continue contribuindo com os aposentados que estão na ativa; Plano de Cargos e Salários que inclua todos os funcionários; e décimo quarto salário.

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