A negociação entre o sindicato dos trabalhadores e o Sindilimpe foi intermediada pela administração municipal, através do procurador Eduardo Cavalcante Gonçalves, já que a prefeitura tem uma relação jurídica com a empresa e, por outro lado, os garis são munícipes, ou seja, há uma questão social envolvida.
Da reunião ficou resolvido que a empresa faria o pagamento do reajuste dos salários e dos tíquetes alimentação, sendo um no valor integral (R$ 440) e outro parcial. No dia 23 de março a empresa vai se reunir novamente com o sindicato para discutir o pagamento de verbas passadas.
Os trabalhadores protestavam contra a falta de concessão do reajuste salarial por parte da empresa da falta de pagamento dos benefícios definidos pelo Acordo Coletivo da categoria, que é firmado entre os sindicatos dos trabalhadores e o patronal. Este acordo determina o pagamento de tíquete alimentação no valor de R$ 440 e de adicional por insalubridade de R$ 377. O reajuste salarial ficou definido em 7,5%, o que eleva de R$ 877 para R$ 942 o salário base dos garis.
De acordo com o diretor do Sindilimpe, Aílton Dias, o acordo coletivo dos trabalhadores nas empresas de limpeza, asseio e conservação foi homologado na última semana e demanda o pagamento dos benefícios pelas empresas. Ele aponta que a empresa Limpeza Urbana alega que tem um laudo que atesta que não seria necessário o pagamento da insalubridade, mas o pagamento é determinado pelo acordo com o sindicato patronal e deve ser pago a todos os trabalhadores que atuam em empresas terceirizadas, independentemente da existência de laudos.
Caso tenha de pagar o adicional, a empresa deve ingressar com pedido de repactuação do contrato com a prefeitura de Marataízes, que também vai analisar a solicitação. O pedido, no entanto, ainda não foi protocolizado na Procuradoria do município.