Nesta segunda-feira (24) venceu o prazo de 30 dias para que o governo respondesse ao pleito dos trabalhadores. Houve uma reunião de representantes do Fespes com o assessor de Relações Sindicais do governo, Francisco José Carlos. Ele alegou que os números levados pelos representantes da entidade não poderiam ser considerados, mesmo que eles tenham sido retirados do Portal da Transparência, já que “existem muitos dados e números que não estão lá, então não se pode discutir levando os números do Portal da Transparência como parâmetro”.
O assessor do governo reiterou que o Estado apresenta dificuldade nas receitas e que, mesmo o auxílio alimentação não estando incluído na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) o Estado não teria condições de reajustar o benefício.
Os representantes dos sindicatos e associações que compõem o Fespes fizeram o contraponto de todas as alegações do assessor. Uma servidora presente na reunião ressaltou que o problema não é falta de receita, mas sim para onde está indo o que se arrecada. “Temos visto diariamente investimentos do governo Hartung em parcerias com empresas privadas, com propaganda, com Oscips [Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público]. Só para o servidor é que não tem dinheiro? Chega desse discurso mentiroso. O que precisam é fechar os ralos”, disse.
A assembleia geral a ser realizada nesta quinta-feira vai deliberar sobre as próximas paralisações dos serviços públicos.
Os trabalhadores cobram recomposição salarial referente à inflação do período, além da definição de uma data base, regularização do auxílio-alimentação e a criação de uma mesa de negociação permanente.