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Governo publica exoneração de 101 auditores fiscais que ocupavam cargos comissionados

Foram publicadas no Diário Oficial desta terça-feira (9) as exonerações de 101 cargos comissionados e mandatos no âmbito da Receita Estadual, que eram exercidos por auditores fiscais. Os cargos foram entregues diante da ausência de uma política governamental que enfrente a sonegação fiscal.

A entrega dos cargos de confiança que os auditores ocupavam foi aprovada em protesto contra a falta de atendimento do governo às reivindicações das categorias. Essa entrega, segundo o Sindicato do Pessoal do Grupo de Tributação, Arrecadação e Fiscalização – TAF do Espírito Santo (Sindifiscal-ES) tem impacto direto na governança e na economia e coloca em risco da sustentabilidade do Estado, já que as ações da Receita Estadual ficam comprometidas – entre elas planejamento e fiscalização dos setores econômicos, combate à sonegação e à concorrência desleal e recuperação de créditos tributários – o que repercute diretamente na queda da receita e qualidade da prestação dos demais serviços públicos. No entanto, a falta de transparência e de combate à sonegação fiscal levou à medida.

Entre as reivindicações está a aprovação de uma Lei Orgânica da carreira, conforme prerrogativas constitucionais quanto à essencialidade das suas atividades para o funcionamento do Estado e recursos prioritários para a realização dessas ações; o preenchimento de quadros da Receita, por meio da nomeação dos aprovados no último concurso, já que atualmente há apenas 336 cargos ativos, ante 580 previstos em lei; reestruturação da carreira de auxiliar fazendário; e transparência na divulgação de benefícios fiscais concedidos pelo governo, por meio da restauração do artigo 145 da Constituição Estadual.

Os servidores também cobram o restabelecimento do artigo 145 da Constituição do Estado, que foi revogado e tornava transparente a renúncia fiscal que concede benefícios a setores empresários.

Até 2019, o governo vai abrir mão de R$ 4,4 bilhões em receita, o que tende a elevar a carga tributária sobre outros contribuintes como forma de compensar a renúncia, recaindo assim sobre as camadas mais pobres da população.

Além disso, o governo vem promovendo o sucateamento da administração tributária desde 2003, o que favorece a sonegação fiscal, alimentando a concorrência desleal com a prática de “caixa dois”, financiando a corrupção.

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