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Greve dos bancários completa uma semana com recorde de agências fechadas

A greve dos bancários completou uma semana nesta terça-feira (13) com 309 agências bancárias fechadas em todo o Estado. Este é o maior número de agências fechadas desde o início do movimento paredista, o que comprova que a greve vem se fortalecendo diariamente. Até esta terça, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) não apresentou nenhuma proposta aos bancários, que ficam parados por tempo indeterminado.

Na Grande Vitória, além das agências e postos de atendimento, também estão paralisados os prédios do Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes), do Banco do Brasil da Praça Pio XII, o Centro de Processamento de Dados do Banestes (CPD) e nove departamentos da Caixa Econômica Federal. No interior do Estado, mais bancários aderiram ao movimento e fecharam 133 agências, sendo 41 da Caixa Econômica, 28 Banestes, 12 de bancos privados, 51 do Banco do Brasil e uma do Banco do Nordeste.

Para o Sindicato dos Bancários do Estado (Sindibancários-ES), os bancos são os principais responsáveis pela greve, já que o setor é aquele que pode contemplar os trabalhadores com reajuste digno, uma vez que lucrou R$ 36,3 bilhões só no primeiro semestre do ano.

Apesar dos altos lucros, os bancos privados e públicos negaram as reivindicações da categoria referentes à garantia de melhores condições de trabalho e ofereceram reajuste salarial abaixo da inflação, de apenas 5,5%.

Enquanto os trabalhadores convivem com péssimas condições de trabalho e tentativa de arrocho salarial, os bancos registram altos lucros.

Os cinco maiores bancos que operam no País (Itaú, Bradesco, Santander, Banco do Brasil e Caixa) lucraram R$ 36,3 bilhões no primeiro semestre deste ano, o que representa um crescimento de 27,3% em relação ao mesmo período do ano passado.  Por isso, a categoria considera a proposta da Fenaban rebaixada.

Dentre outras reivindicações, os trabalhadores pleiteiam reajuste salarial de 16%; Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de três salários mais R$ 7.246,82; e piso salarial de R$ 3.299,66.

A Fenaban propôs um reajuste de 5,5% no salário, também na PLR e nos auxílios refeição, alimentação, creche, além de abono de R$ 2,5 mil. O Comando Nacional dos Bancários (Contraf) considerou que o reajuste está muito abaixo da inflação, que ficou em 9,88%, em agosto deste ano.

Além da questão salarial e de benefícios, os bancários também cobram o fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações, principalmente diante dos riscos de aprovação do Projeto de Lei Complementar (PLC) 30/15 no Senado, além da ratificação da Convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que coíbe dispensas imotivadas.

A categoria também pleiteia prevenção contra assaltos e sequestros, com a permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, conforme legislação; instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas; abertura e fechamento remoto das agências e fim da guarda das chaves por funcionários.

Na questão social, os bancários reivindicam o fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transexuais e pessoas com deficiência. 

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