sábado, setembro 21, 2024
27.7 C
Vitória
sábado, setembro 21, 2024
sábado, setembro 21, 2024

Leia Também:

Greve dos bancários: Estado registra 291 agências fechadas no terceiro dia de paralisação

O movimento dos bancários, que deflagraram greve na terça-feira (6), cresce a cada dia de paralisações. Nesta quinta-feira (8), foram registradas 291 agências fechadas no Estado, sendo 172 na Grande Vitória e 119 no interior do Estado. No País, são 8.763 unidades paralisadas, o que representa um aumento de 40% em relação ao início da greve.

Ao todo, foram fechadas na Grande Vitória todas as 39 agências da Caixa Econômica Federal, além das 57 agências do Banestes, os prédios do Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes), do Banco do Brasil da Praça Pio XII e o Centro de Processamento de Dados do Banestes (CPD).

Já no interior foram fechadas 50 agências do Banco do Brasil, 36 da Caixa Econômica, 21 do Banestes, uma do Santander, cinco do Itaú, uma do HSBC, quatro do Bradesco e uma do Banco do Nordeste (BNB).

Para o Sindicato dos Bancários do Estado (Sindibancários-ES), a greve ganha mais adesões a cada dia. Enquanto os trabalhadores convivem com péssimas condições de trabalho e tentativa de arrocho salarial, os bancos registram altos lucros.

Os cinco maiores bancos que operam no País (Itaú, Bradesco, Santander, Banco do Brasil e Caixa) lucraram R$ 36,3 bilhões no primeiro semestre deste ano, o que representa um crescimento de 27,3% em relação ao mesmo período do ano passado.  Por isso, a categoria considera a proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) rebaixada.

Dentre outras reivindicações, os trabalhadores pleiteiam reajuste salarial de 16%; Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de três salários mais R$ 7.246,82; e piso salarial de R$ 3.299,66.

A Fenaban propôs um reajuste de 5,5% no salário, também na PLR e nos auxílios refeição, alimentação, creche, além de abono de R$ 2,5 mil. O Comando Nacional dos Bancários (Contraf) considerou que o reajuste está muito abaixo da inflação, que ficou em 9,88%, em agosto deste ano.

Além da questão salarial e de benefícios, os bancários também cobram o fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações, principalmente diante dos riscos de aprovação do Projeto de Lei Complementar (PLC) 30/15 no Senado, além da ratificação da Convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que coíbe dispensas imotivadas.

A categoria também pleiteia prevenção contra assaltos e sequestros, com a permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, conforme legislação; instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas; abertura e fechamento remoto das agências e fim da guarda das chaves por funcionários.

Na questão social, os bancários reivindicam o fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transexuais e pessoas com deficiência.

Mais Lidas