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Greve dos metalúrgicos segue por tempo indeterminado no Estado

A greve dos trabalhadores metalúrgicos do Estado, deflagrada em 17 de dezembro, segue por tempo indeterminado, mesmo com a tentativa de criminalização do movimento por parte do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e de Material Elétrico do Estado (Sindifer-ES). O sindicato patronal ingressou com ação no Tribunal Regional do Trabalho do Estado (TRT-ES) pedindo a declaração de irregularidade e improcedência da greve.

A Justiça do Trabalho, além de considerar a greve legal, apontou que ela é um direito de todo trabalhador e que seu objetivo é exatamente “exercer pressão sob os empregadores, visando a defesa ou conquista de interesses coletivos”.

Além de pedir a ilegalidade do movimento, o Sindifer também requereu que seja julgado o dissídio coletivo da categoria.

O movimento dos metalúrgicos tem sido reprimido desde o início pelo sindicato patronal. Logo nos primeiros dias de manifestações, a Justiça concedeu um interdito proibitório ao Sindifer impedindo que o Sindicato dos Metalúrgicos do Estado (Sindimetal-ES) organizasse mobilizações de trabalhadores.

No entanto, os trabalhadores continuaram a se manifestar por conta própria e, na última quarta-feira (30), viaturas do Grupo de Apoio Operacional (GAO) da Polícia Militar foram enviadas para reprimir o protesto dos trabalhadores antes mesmo que começasse.

Em frente ao Sindimetal também foram posicionadas viaturas da Polícia Militar com o objetivo de inibir a manifestação dos trabalhadores.

Na última terça-feira (29), o protesto dos metalúrgicos também foi reprimido por policiais à paisana, que chegaram a apontar armas para os trabalhadores. Os três policiais estavam sem identificação e fotografavam os trabalhadores que participavam do protesto. Os metalúrgicos, então, pediram que não fossem fotografados para não sofrerem represália das empresas e os policiais, além de não atenderem ao pedido, sacaram as armas e apontaram em direção aos manifestantes.

A greve teve início depois de o Sindimetal tentar, desde outubro, negociar a reposição da inflação do período, que ficou em 10,3%, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), e auxílio-alimentação de R$ 300. Os empresários insistem em conceder reajuste abaixo da inflação.

Para a entidade, as empresas se alinharam ao discurso da crise na tentativa de enfraquecer a campanha salarial dos trabalhadores. No entanto, segundo o sindicato, diversas empresas mantiveram a produção e têm condições de conceder a reposição da inflação.

O sindicato também aponta que os metalúrgicos já abriram mão do ganho real, o que representam perdas para a categoria. Por isso, o Sindimetal acredita que os empresários também deveriam ser flexíveis e atender ao pleito da categoria.

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