A greve foi retomada por conta do não cumprimento de medidas que deveriam ter sido atendidas. Mesmo aquelas que sequer têm impacto financeiro, deixaram de ser cumpridas.
A diretoria do Incaper se comprometeu com prazos, o que não aconteceu. Um dos prazos descumpridos foi a recomposição imediata do quadro de servidores. Também foi descumprido o acordo em relação à transparência e democracia interna, além da viabilização de recursos, como combustível para veículos, computadores e impressoras. O novo organograma está sendo feito sem a participação dos servidores, que deveriam orientar o que é melhor para o bom funcionamento do Incaper e do atendimento à agricultura familiar.
Os servidores reivindicam a correção imediata das perdas salariais em função do desgaste inflacionário, que já somam mais de 20% após a correção de abril de 2014. O governo, no entanto, negou a reposição, alegando não ter condições de realizar o aumento, em função da crise econômica e do caixa do Estado.
Além da questão financeira, os servidores pleiteiam melhores condições de trabalho. A autarquia padece com intenso processo de sucateamento, com redução drástica de custeio; sem equipamentos de trabalho, como computadores, impressoras, GPS e gasolina; sem internet de qualidade; com unidades em péssimo estado de conservação; e com salário defasado.
A pauta de reivindicações contempla também a formação de um grupo de trabalho visando a revisão imediata do Plano de Carreira dos servidores e para que no prazo de 30 dias apresente projeto orçamentário suficiente para suprir as demandas de recursos do Incaper.