O documento relembra o episódio em que tiros foram disparados contra a base da Guarda, localizada nas imediações da Ponte da Passagem, no dia 17 de maio, local apontado pelos agentes como impróprio para a instalação do módulo, dada a vulnerabilidade daquela do local.
Os agentes lembram que desde que a Secretaria Municipal de Segurança Urbana de Vitória (Semsu) manifestou interesse em instalar um módulo no local, os trabalhadores já apontavam que a localização não era adequada. A constatação veio da experiência dos agentes no patrulhamento das imediações da Ponte da Passagem.
A Semsu, no entanto, insistiu na instalação do módulo na Ponte da Passagem, alegando que a localização daria mais visibilidade para a Guarda Municipal, sem levar em conta a segurança dos agentes.
Durante a noite, o entorno do módulo fica escuro demais para que os agentes identifiquem de onde vêm as agressões – sendo elas tiros ou pedradas. Além disso, o documento aponta que não há como a Guarda dispor de um efetivo de no máximo dez agentes distribuídos, quando muito, em quatro viaturas para permanecerem fixas em torno da base das 19 horas até o amanhecer sem os equipamentos necessários para o serviço.
Os agentes da Guarda também pontuam que a sensação de segurança não ocorre pela instalação de um módulo em frente a uma avenida com alto fluxo e ao lado de uma passarela ligando dois bairros, mas sim da presença nos bairros, atendendo aos munícipes na medida das condições.
Ao fim da carta, os agentes pedem que o prefeito reveja as escolhas feitas pela Semsu e tranquilize os guardas com uma decisão acertada.
