As negociações iniciadas nesta sexta-feira (23) entre Comando Nacional dos Bancários e Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) foram suspensas no final da noite devido a um impasse: a compensação dos dias parados.
O Comando Nacional não apresentou avaliação sobre a proposta de 10% para salário, Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e piso salarial; e 14% para os tíquetes, com exigência de desconto ou compensação total dos dias parados. A posição é de que só após solução para os dias de greve a categoria irá deliberar sobre a proposta.
O Comando reivindicou abono total dos dias parados e aguarda da Fenaban uma nova formulação que permita a finalização de uma proposta global. Até as 23 horas de sexta, contudo, os bancos não haviam dado resposta. Os membros do Comando Nacional dos Bancários continuam de plantão em São Paulo neste sábado (24).
O coordenador geral do Sindicato dos Bancários do Estado (Sindibancários-ES), Jessé Alvarenga, avalia o andamento das negociações.
“Há um endurecimento dos bancos públicos na mesa única, tentando empurrar o acordo para baixo. Isso revela mais uma vez a aproximação e a parceria do governo federal com os bancos e com o sistema financeiro, em detrimento dos trabalhadores”, diz Jessé, que integra o Comando Nacional representando a Intersindical.
Na segunda-feira (26) a greve dos bancários continua e a orientação é que a categoria permaneça mobilizada.
