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Inspetores penitenciários aprovam instauração de estado de greve

Os inspetores penitenciários filiados ao Sindicato dos  Inspetores do Sistema Penitenciário do Estado (Sindaspes) aprovaram, em assembleia realizada nesta segunda-feira (13), a instauração do estado de greve, com envio de pauta de reivindicações para o governo. Segundo a entidade, o governo tem prazo de dez dias para atender à pauta, ou terá início a paralisação.

No mês de janeiro, a categoria já havia dado início ao Movimento Legalidade, que incluía negativa de recebimento de internos em unidades e de visitas íntimas. No entanto, uma liminar do desembargador Jorge Nascimento Viana, do Tribunal de Justiça do Estado (TJES), suspendeu qualquer procedimento capaz de prejudicar o funcionamento integral dos serviços penitenciários durante o movimento.

Os servidores reivindicam plano de carreira; reposição das perdas salariais; reajustes inflacionários; e escala especial; além de buscarem soluções para baixo efetivo de servidores; escassez de materiais de segurança e condições de trabalho (coletes balísticos, armamento e escala de trabalho que respeite o princípio da isonomia).

Os inspetores – fora os da Diretoria de Operações Táticas (DOT) e a Diretoria de Segurança Prisional (DSP) da Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) – estão com os coletes balísticos vencidos. Além disso, os coletes que existem não atendem a todos os profissionais, já que a Sejus enviou apenas quatro por unidade, que são usados em revezamento.

Além de ser anti-higiênico, já que são de uso pessoal, o revezamento de coletes é contraindicado por terem tamanhos diferentes, ou seja, um inspetor que mede 1,80 metro e veste colete tamanho G não pode usar um de tamanho M, o que compromete a segurança do profissional, mas é isso que vem acontecendo na prática nas unidades do Estado.

Também não há armas para o acautelamento de todos os inspetores. Grande parte da turma do concurso de 2012 não tem armas, já que a Sejus não adquiriu o armamento. As munições menos letais – spray de pimenta, balas de borracha e gás lacrimogêneo – estão todas vencidas.

Outro problema enfrentado no sistema penitenciário é a falta de inspetores efetivos. De acordo com a Lei 743/13, que reorganizou a carreira de inspetor penitenciário, deveria haver 3.654 vagas para inspetores. No entanto, atualmente o número não chega a 3 mil, sendo que a população carcerária só cresce.

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