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Inspetores penitenciários definem novas estratégias de manifestação

Os inspetores penitenciários definiram novas estratégias para dar prosseguimento às ações do “Movimento Legalidade”, diante da liminar judicial que determina que os inspetores suspendam qualquer procedimento capaz de prejudicar o funcionamento integral dos serviços penitenciários.

Para os inspetores, é essencial que seja dado andamento às manifestações que demonstrem a insatisfação da categoria com as condições de trabalho e de remuneração.

Os servidores aprovaram a realização de uma manifestação em 6 de março, quando será feito um velório simbólico do sistema penitenciário do Estado. O Sindicato dos Agentes do Sistema Penitenciário do Estado (Sindaspes) também vai providenciar a colocação de outdoors em pontos estratégicos da Grande Vitória detalhando a situação socioeconômica e condições de trabalho dos inspetores no Estado.

A cartilha do movimento foi reformulada para substituir as portarias que foram revogadas e republicadas pela Secretaria de Estado de Justiça (Sejus). Os inspetores continuam a observar as normas que regem a atividade funcional (leis, decretos, portarias e resoluções), que inclusive estão compiladas na cartilha do movimento.

Representantes do Sindaspes vão fazer blitze nas unidades prisionais e na Diretoria de Segurança Penitenciária (DSP) para averiguar as irregularidades e tomar as medidas cabíveis com relação a elas.

Os inspetores – fora os da Diretoria de Operações Táticas (DOT) e da DSP da Sejus – estão com os coletes balísticos vencidos. Além disso, os coletes que existem não atendem a todos os profissionais, já que a Sejus enviou apenas quatro por unidade, que são usados em revezamento.

Além de ser anti-higiênico, já que são de uso pessoal, o revezamento de coletes é contraindicado por terem tamanhos diferentes, ou seja, um inspetor que mede 1,80 metro e veste colete tamanho G não pode usar um de tamanho M, o que compromete a segurança do profissional, mas é isso que vem acontecendo na prática nas unidades do Estado.

Também não há armas para o acautelamento de todos os inspetores. Grande parte da turma do concurso de 2012 não tem armas, já que a Sejus não adquiriu o armamento. As munições menos letais – spray de pimenta, balas de borracha e gás lacrimogêneo – estão todas vencidas.

Outro problema enfrentado no sistema penitenciário é a falta de inspetores efetivos. De acordo com a Lei 743/13, que reorganizou a carreira de inspetor penitenciário, deveria haver 3.654 vagas para inspetores. No entanto, atualmente o número não chega a 3 mil, sendo que a população carcerária só cresce.

Os servidores reivindicam plano de carreira; reposição das perdas salariais; reajustes inflacionários; e hora extra; além de buscarem soluções para baixo efetivo de servidores; escassez de materiais de segurança e condições de trabalho (coletes balísticos, armamento e escala de trabalho que respeite o princípio da isonomia).

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