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Itaú registra mais um ano de lucro, mas intensifica demissões e precariza trabalho

Divulgado na última quinta-feira (9), o lucro do Itaú em 2016 foi de R$ 22,2 bilhões. O valor é 6,8% menor em relação a 2015. Apesar da alta lucratividade o banco encerrou o ano passado com 80.871 empregados no país, o que comparado a 2015 significa um corte de 2.610 postos de trabalho. Além disso, no mesmo período houve a abertura de 41 agências digitais e foram fechadas 168 agências físicas.

O diretor do Sindicato dos Bancários do Estado (Sindibancários-ES), Carlos Pereira de Araújo, o Carlão, destaca que a redução de 6,8% no lucro não significa que haja crise no sistema financeiro e que os banqueiros estejam sendo prejudicados.

“O lucro continua bastante alto e, até mesmo, escandaloso diante da realidade de 12 milhões de desempregados em nosso país. O Itaú ainda aumenta esse número reduzindo a quantidade de postos de trabalho”, diz.

Carlão destaca que, mesmo diante do lucro bilionário, não há investimento nos trabalhadores.

“As condições de trabalho continuam as mesmas. Prossegue a sobrecarga, o adoecimento dos bancários e bancárias, o assédio moral e outros problemas. É importante lembrar também que o lucro dos bancos é fruto da exploração não somente da categoria bancária, mas também das altas taxas de juros, já que no Brasil existe uma ditadura econômica que permite que as instituições financeiras cobrem as taxas de juros mais altas do mundo”, afirma.

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