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Justiça do Trabalho determina que Itaú reintegre duas bancárias

Na manhã da última terça-feira (7) a bancária do Itaú Sônia Penha de Oliveira foi reintegrada ao trabalho após ser demitida em abril deste ano. Além dela, a também bancária do Itaú Virgínia Paulo Pereira foi reintegrada no último dia 26 de junho. Ambas conseguiram voltar ao trabalho por meio de ações judiciais movidas pelo Sindicato dos Bancários do Estado (Sindibancários-ES).

No caso de Virgínia, o banco feriu o direito à estabilidade ao demiti-la durante a licença-saúde, obtida por desenvolver doenças relacionadas ao trabalho. Com Sônia, o descaso não foi diferente. Além de dispensar a bancária sem que houvesse uma justificativa para isso, o banco passou por cima do direito à estabilidade da funcionária, garantido pelo fato dela ser diretora da Cooperativa de Profissionais de Instituições Financeiras (Coproinf). O argumento utilizado pelo Itaú para demitir a bancária foi que, há dois anos, ela fez uma operação de empréstimo com um colega de trabalho.

“Trata-se de uma demissão arbitrária que o Sindicato conseguiu reverter por meio de uma ação judicial. É preciso que todos os bancários e bancárias que passarem por essa situação, ou sofrerem qualquer outra forma de danos aos seus direitos procurem o Sindicato para que possamos tomar as providências necessárias”, afirma o diretor do Sindibancários, José Carlos Schineider, que acompanhou a reintegração junto com o diretor da Federação dos Bancários Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf/RJ-ES), Robson Gusmão.

O momento da demissão foi marcado por constrangimentos à trabalhadora. Ela foi chamada numa sala onde estava um inspetor. Sem permitir que a bancária se ausentasse do ambiente nem ao menos para ir ao banheiro, ele a obrigou a desligar o celular, ficou em pé ao seu lado para ter a certeza de que ela desligaria o aparelho e, depois de constatar que havia sido desligado, exigiu que o mantivesse afastado dela. Posteriormente, a pressionou a escrever uma carta de próprio punho com um conteúdo ditado por ele e que a comprometia. Contudo, a bancária não cedeu à pressão. Logo em seguida, recebeu uma carta das mãos do gerente regional anunciando a sua demissão.

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