Para Rita Lima, dirigente do Sindibancários, essa é uma vitória dos trabalhadores, mas é preciso continuar com as mobilizações. “Esse recuo na mudança do estatuto do banco é fruto da campanha em defesa da Caixa realizada ontem. Mas é preciso continuar pressionando os deputados, além de prefeitos, movimentos e demais entidades, já que o assunto deverá retornar à pauta do CA no próximo mês. Não vamos permitir que o governo Michel Temer entregue nosso patrimônio ao capital privado”, afirma a diretora do sindicato.
Entre as alterações polêmicas propostas para o estatuto estão mudanças que interferem no direito dos trabalhadores e a transformação da Caixa em sociedade anônima (S/A). Na última quarta-feira (18), a representante dos empregados da Caixa, Rita Serrano, entregou documento ao conselho questionando o cunho jurídico das alterações e os prejuízos que a mudança, caso aprovada, trará à Caixa e ao desenvolvimento do Brasil, divulgando antecipadamente seu voto contrário.
Segundo ela, o objetivo do governo ao tornar a Caixa uma empresa S/A cumpre a função de facilitar a abertura de capital do banco, com a consequência imediata de perda de seu papel social na gestão dos mais importantes programas sociais do País.
Com a abertura do capital da Caixa diversos programa sociais ofertados pelo banco tendem a diminuir ou mesmo desaparecer, já que o único interesse dos acionistas é o lucro. Enquanto a alegação do governo para a alteração seria a melhoria com regras de governança, a Caixa já cumpre regras de governança e é supervisionada e fiscalizada por mais de 15 órgãos diferentes, além de contar com auditória interna e externa.