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Negociação entre Fenaban e bancários é adiada para esta sexta-feira

A reunião de negociação marcada entre a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e o Comando Nacional dos Bancários (Contraf), que estava marcada para o fim da tarde desta quinta-feira (22), não aconteceu e foi adiada para as 9 horas desta sexta-feira (23). A Fenaban não conseguiu localizar representantes de todas as instituições bancárias para que participassem da rodada de negociações.

A orientação do Contraf é que a greve dos bancários, que completou 17 dias nesta quinta-feira, seja mantida enquanto não se chega a uma solução negociada.

Nesta quinta-feira, o número de agências bancárias fechadas aumentou, chegando a 346 unidades paralisadas. Na Grande Vitória 187 agências aderiram à greve, sendo 39 da Caixa Econômica Federal, 57 do Banestes, 41 do Banco do Brasil, 13 do Santander, 15 do Itaú, seis do HSBC, 15 do Bradesco e uma do Safra. Também estão paralisados nove departamentos administrativos da Caixa, o Centro de Processamento de Dados do Banestes (CPD) e o prédio do Banco do Brasil, na Praça Pio XII, em Vitória.

No interior do Estado são 159 agências fechadas, sendo 42 da Caixa, 49 do Banestes, 54 do Banco do BRasil, duas do Santander, cinco do Itaú, duas do HSBC, quatro do Bradesco, além do Banco do Nordeste de São Mateus, no norte do Estado.

Enquanto os trabalhadores convivem com péssimas condições de trabalho e tentativa de arrocho salarial, os bancos registram altos lucros.

Os cinco maiores bancos que operam no País (Itaú, Bradesco, Santander, Banco do Brasil e Caixa) lucraram R$ 36,3 bilhões no primeiro semestre deste ano, o que representa um crescimento de 27,3% em relação ao mesmo período do ano passado.  Por isso, a categoria considera a proposta da Fenaban rebaixada.

Dentre outras reivindicações, os trabalhadores pleiteiam reajuste salarial de 16%; Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de três salários mais R$ 7.246,82; e piso salarial de R$ 3.299,66.

Além da questão salarial e de benefícios, os bancários também cobram o fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações, principalmente diante dos riscos de aprovação do Projeto de Lei Complementar (PLC) 30/15 no Senado, além da ratificação da Convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que coíbe dispensas imotivadas.

A categoria também pleiteia prevenção contra assaltos e sequestros, com a permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, conforme legislação; instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas; abertura e fechamento remoto das agências e fim da guarda das chaves por funcionários.

Na questão social, os bancários reivindicam o fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transexuais e pessoas com deficiência.

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