Negociação entre Fenaban e Comando Nacional dos Bancários será retomada nesta quarta-feira

A negociação entre a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e o Comando Nacional dos Bancários feita nesta terça-feira (27), em São Paulo terminou sem um posicionamento concreto. Os representantes dos empresários propuseram um novo modelo de acordo, com validade de dois anos (2016 e 2017), mas os representantes dos bancários cobraram que fossem contempladas cláusulas de emprego, saúde, vales, creche, piso, igualdade de oportunidades e segurança.

Por isso, a Fenaban acordou um levar as demandas para os banqueiros Nacional espera que a proposta leve ganhos para a categoria e orienta que a greve continue forte no País.

O 21º dia da greve dos bancários no Estado provocou o fechamento de 354 agências no Estado nesta terça-feira, sendo 190 na Grande Vitória e 164 no interior. O movimento teve início em 6 de setembro e vem se intensificando tanto no Estado, quanto nacionalmente. A negociação com a Fenaban nesta terça-feira convocada depois de duas semanas de silêncio dos empresários com o fortalecimento da greve em todo o País.

Na Grande Vitória, foram fechadas 190 agências, sendo todas as 40 agências da Caixa Econômica Federal, 56 entre as 58 agências do Banestes, 43 entre as 44 agências do Banco do Brasil, todas as 15 agências do Santander, todas as 15 do Itaú, do Bradesco, uma agência do Banco Safra e cinco as agências do HSBC.

No interior fecharam 45 entre as 48 agências da Caixa, 47 das 56 agências do Banestes, 57 das 60 agências do Banco do Brasil, as quatro agências do Bradesco, quatro do Itaú, e as duas agências do HSBC.

Nesta segunda-feira (26), a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf) divulgou a Pesquisa de Emprego Bancário (PEB) que constatou que no período de janeiro a agosto de 2016 foram fechados 9.104 postos de trabalho bancário no Brasil.

O total representa um aumento de 51,7% em relação ao mesmo período no ano passado, quando foram extintos 6.003 postos de trabalho. A quantidade de postos de trabalho fechados de janeiro a agosto de 2016 chega perto da de todo o ano de 2015, que foi 9.886.

Para o coordenador-geral do Sindicato dos Bancários do Estado (Sindibancários-ES), Jonas Freire, as demissões em larga escala precarizam ainda mais as condições de trabalho da categoria, já que uma grande demanda tem de ser atendida por um número reduzido de funcionários.

Assim como as demissões precarizam as condições de trabalho, também prejudicam o atendimento, já que os clientes passam a ficar muito tempo esperando na fila, por exemplo.