Durante a ação sindical, representantes do Sindicato dos Bancários do Estado (Sindibancários-ES) distribuiu panfletos denunciando o Plano de Apoio à Aposentadoria (PAA) e o Plano de Demissão Voluntária (PDV), que representam o desmonte da instituição, comprometendo a Caixa 100% pública, já que aproximadamente 10 mil empregados devem ser desligados.
O governo federal vem ignorando os sucessivos lucros que a instituição alcança e promove a reestruturação que representa o desmonte do banco e do papel social dele, com fortalecimento das áreas de negócios para adequação à lógica de mercado.
No primeiro semestre de 2016, a Caixa obteve lucro de R$ 2,4 bilhões. No entanto, os funcionários do banco sofrem com opressão, extinção de cargos, sobrecarga de trabalho e pressão para o cumprimento de metas.
Um exemplo é do bancário Hudson Ruela, que teve a função extinta pela segunda vez. Em 2010, o cargo que ocupava já havia sido extinto e, com a reestruturação, a nova função deixou de existir.
Os bancários defendem a Caixa 100% pública, com mais contratações, fim do processo de reestruturação, e combate aos assédios moral e sexual. No entanto, o processo de reestruturação foi feito sem diálogo ou negociação com os trabalhadores.
A reestruturação promove a fusão de unidades de matriz, com a migração de atividades operacionais para centralizadoras e filiais, com graves impactos para os empregados. Coincidentemente, a reestruturação foi anunciada depois de a Caixa ter divulgado lucro líquido de R$ 7,2 bilhões em 2015 – um aumento de 0,6% em relação a 2014 – o que, para o sindicato, demonstra que a justificativa econômica não é a razão para as medidas.