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Oposição denuncia presidente do Sindfer por calúnia em jornal da entidade

Diretores do Sindicato dos Ferroviários (Sindfer ES/MG) que fazem oposição ao atual presidente da entidade sindical, João Batista Cavaglieri, se dizem caluniados no próprio jornal interno da entidade, que, segundo eles, tem sido usado para difamar e caluniar diretores que divergem da atual gestão de Cavaglieri. O grupo afirma que, por esse motivo, já instaurou mais de sete processos contra Cavaglieri.

De acordo com Wagner Xavier, atual diretor e também líder da Oposição Movimento da Categoria, o jornal, que deveria ser usado como um importante meio de comunicação em favor dos trabalhadores ferroviários, passou a ser explorado como espaço para ataques pessoais do João Batista Cavaglieri contra os diretores, incluindo ele próprio, que não concordam com sua política sem transparência e antidemocrática. 

Ainda segundo os membros da oposição, em pleno período de Acordo Coletivo, João Cavaglieri utiliza nada menos do que 70% do espaço do jornal Raízes para a prática de calúnias e difamação contra o diretor Wagner Xavier e outros, além do integrante da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa), Hector Scarpatt. 

“Negociar bons Acordos Coletivos que é bom, João deixa a desejar há anos”, afirmou Wagner Xavier, que completa: “O comportamento do presidente sindical tem causado muita estranheza entre os trabalhadores nesses últimos tempos. Acreditamos que João tem utilizado o ataque contra diretores opositores justamente para desviar o foco do ACT [Acordo Coletivo de Trabalho] ou, simplesmente, para achar um culpado por sua incompetência em negociar”. 

Por nota, o Movimento da Categoria informou que continuará exigindo democracia e transparência em favor dos ferroviários. Além dos inquéritos por conta das “mentiras caluniosas” publicadas no jornal Raízes, João Batista responde a ações judiciais por questões contábeis do sindicato.

Renovação

O grupo da situação está à frente do Sindfer há 22 anos liderado por João Batista Cavaglieri. Depois de dois mandatos de três anos (2002 a 2008), João Cavaglieri, no entanto, teria visto sua hegemonia ameaçada na eleição de 2008. Nessa data, outro grupo de oposição, o Cebolão, obteve 35% dos votos, o que causou preocupação. 

Logo após as eleições, foram realizadas, então, mudanças estatutárias apontadas como duvidosas e sem a participação da categoria, que aumentaram o mandato de três para quatro anos. As alterações também diminuíram o prazo para inscrições de chapas de 15 dias para cinco dias. Além disso, o tempo para os ferroviários disputarem eleição passou de seis meses como associados ao sindicato, conforme prevê a própria Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), para 18 meses. 

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