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Oposição orienta trabalhadores a denunciar irregularidades no processo eleitoral ao MPES

A apuração dos votos da eleição para a nova diretoria do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Estado (Sindiupes) vai ser divulgada na próxima sexta-feira (27), com a conclusão da contagem dos votos das urnas de Viana e Vitória. De acordo com o resultado parcial divulgado pela Comissão Eleitoral nesta segunda-feira (23), a Chapa 2 –Sindiupes com Você, pra Você, de situação, está na frente, com 3.196 votos, contra 1.175 votos para a Chapa 1 – A Base Luta, a Base Assume.

A Chapa 1, de oposição, orientou, nesta terça-feira (24), que os professores que se sentiram lesados durante o processo eleitoral do Sindiupes se dirijam ao Ministério Público Estadual (MPES) para relatar as irregularidades presenciadas durante o processo. Os relatos serão agrupados e organizados pela Promotoria do órgão ministerial.

Durante todo o pleito, a Chapa 1 denunciou as irregularidades que estavam ocorrendo. Diversas urnas não chegaram aos locais de votação, sendo que uma das mais importantes, a da Superintendência Regional de Educação (SRE) de Vitória, jamais chegou ao local.

Na tarde de quinta-feira (19), a Polícia Militar precisou intervir para liberar a entrada de um integrante da Chapa 1 no prédio do Sindiupes – já que um cordão de seguranças patrimoniais impediram, durante todo o dia, a entrada de integrantes da chapa de oposição – para negociar a saída de urnas itinerantes. Depois de muita negociação, as urnas foram enviadas, mas não foi a listagem com os aptos a votar.

A Chapa 1 denunciou, também, que durante todo o processo a Comissão Eleitoral não cumpriu o regimento eleitoral e o estatuto da entidade, não garantindo urnas, mesários, cédulas e envelopes suficientes e tomando decisões sem garantir a presença de representantes da chapa de oposição.

A apuração vem sendo feita de maneira descentralizada e começou com os votos do interior e segue com a apuração dos votos da Grande Vitória, sendo um município a cada dia.

A Chapa 2, de situação e composta por membros da atual gestão, tem nos quadros membros da corrente Articulação Sindical (ArtSind), que é ligada ao deputado estadual Luiz Carlos Nunes (PT), que se licenciou da presidência da Central Única dos Trabalhadores (CUT) para assumir o mandato deixando na presidência da entidade a vice, Noêmia Simonassi, que também compõe a Chapa 2 do Sindiupes. Atualmente, o Sindiupes é filiado à Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), um braço da CUT.

Observadores apontam que a base da categoria tem ressalvas quanto a Chapa 2, que esteve ausente das lutas em momentos importantes do atual governo Paulo Hartung (PMDB), como o combate ao Escola Viva – que institui o turno único em escolas do ensino médio da rede estadual; ao fechamento de turmas da rede estadual; e a luta dos servidores pela revisão anual dos vencimentos.

Ressaltam, ainda, que é interesse do atual governo manter o sindicato atrelado à administração, como vem acontecendo, uma vez que se a entidade permanecer “às boas” com o governo esvazia, assim, o movimento dos servidores públicos. Caso a Chapa 1 vença a eleição, serão três anos de enfrentamento ao atual governo e a retomada da pauta histórica de reivindicações dos professores.

A chapa de situação tem lastro principalmente entre os aposentados. A atual diretoria, inclusive, é acusada de ter aplicado um golpe na assembleia geral de São Mateus, no norte do Estado, realizada em 2014, que modificou o estatuto da entidade, permitindo a reeleição indefinidamente.

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