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Petroleiros denunciam contratação de ‘fura-greve’ no 10º dia de paralisação

Com a participação de 92 unidades do sistema Petrobras, em 13 estados do País, o que significa cerca de 20 mil trabalhadores na greve, os petroleiros entram nesta segunda-feira (10) no décimo dia de paralisação denunciando a tentativa de criminalização do movimento e a contratação de “fura-greve”, o que coloca em risco a segurança dos trabalhadores. 

Na manhã desta segunda-feira (10), os petroleiros desembarcaram na entrada principal da Vale, no final da Praia de Camburi, e na entrada da Petrobras na Praia do Canto, quando participaram de uma avaliação do movimento em conjunto com os trabalhadores do norte fluminense. 

Nesse domingo (9), mais três plataformas aderiram à greve, junto com o Terminal Aquaviário de Vitória, totalizando 40 plataformas, 18 terminais, 11 refinarias e mais outras 20 unidades operacionais e três bases administrativas.

Por todo o país, a categoria está mobilizada nessa que já é considerada a greve mais forte do setor nos últimos anos. Os petroleiros cobram a suspensão das demissões na Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Fafen-PR), previstas para terem início na próxima sexta-feira (14), e o cumprimento do Acordo Coletivo de Trabalho. 

A adesão à greve ocorre sem piquetes, só na base do convencimento, em cumprimento à decisão do ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Ives Gandra. Os sindicatos continuam aguardando informações da direção da Petrobras para compor os quantitativos de trabalhadores para manter o atendimento das necessidades básicas da população.

Os petroleiros afirmam, em comunicado divulgado nesse domingo (9), que os gestores se negam a dialogar com a Comissão Permanente de Negociação da Federação Única de Petroleiros (FUP), que segue há 10 dias em plantão de 24 horas dentro da sede da Petrobras, no Rio de Janeiro, buscando interlocução com a empresa.  

“Em vez disso, a gestão da Petrobras continua tentando, sem sucesso, expulsar os cinco dirigentes sindicais que estão desde 31 de janeiro aguardando reunião no andar onde funciona a gerência de Recursos Humanos”.

Ao negar interdito proibitório da Petrobras, a juíza Najla Rodrigues Abbud, do Tribunal da Justiça do Trabalho do Rio de Janeiro, afirmou que “a permanência de cinco dirigentes em uma das salas do prédio da empresa, embora incômoda, não impede ou dificulta a continuidade do pleno funcionamento da Petrobras, tampouco impede a livre movimentação de bens e pessoas”.

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