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Petroleiros suspendem greve que começaria neste sábado no Estado

Os petroleiros suspenderam a greve por tempo indeterminado que iria começar a partir deste sábado (26) em todo o Brasil. A decisão foi confirmada pelo Sindicato dos Petroleiros do Espírito Santo (Sindipetro-ES) na tarde desta sexta-feira. Segundo a diretora da entidade, Priscila Patrício, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) afirmou que serão aceitos quatro dos seis pontos pedidos pelos trabalhadores no Acordo Coletivo com a Petrobras.

Ela afirmou ainda que serão feitas assembleias em todo o Brasil até o dia primeiro de abril para decidir se a categoria deve ou não aceitar a proposta do TST. No Espírito Santo as votações acontecerão em diversos municípios onde há base da Petrobras. As assembleias começam também neste sábado, nas cidades de Aracruz, Vitória, Anchieta e Linhares.

A diretora afirma que o indicativo do sindicato é para aceitação da proposta do TST, mas que se a Petrobras não concordar, as mobilizações para a greve devem prosseguir. 

Nessa quinta-feira (24), com o comunicado oficial de greve já publicado, a Federação Única dos Petroleiros (FUP), afirmando “mais um esforço para resolver o impasse do Acordo Coletivo dos Trabalhadores do Sistema Petrobras”, encaminhou ao procurador-geral do Trabalho, Alberto Bastos Balazeiro, pedido de mediação de conflito. No documento, a Federação requereu do Ministério Público do Trabalho “a promoção de entendimentos bilaterais, entre a Petrobras e as entidades sindicais de seus empregados, com vistas à superação do impasse negocial”.

A FUP elenca os pontos encaminhados ao TST no dia 26 de setembro para melhoria da proposta apresentada no dia 19 de setembro, após reuniões unilaterias de mediação, realizadas a pedido da Petrobras. A empresa “se recusou a estabelecer qualquer forma de diálogo com os representantes dos trabalhadores”, como é ressaltado no documento enviado à Procuradoria Geral do Trabalho.

Em assembleias realizadas nas últimas semanas, os petroleiros rejeitaram a proposta de acordo apresentada pelo TST e aprovaram a greve por tempo indeterminado, a partir do dia 26 de outubro. A categoria afirma que a gestão da Petrobras retirou diversas cláusulas do acordo, propôs reajuste salarial de apenas 70% da inflação e quer aumentar a assistência médica dos petroleiros em mais de 17%.  A empresa também está fechando e privatizando unidades em todo o país, o que ameaça postos de trabalho por meio de diversos planos de demissão.

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