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Polícia Militar é mobilizada para reprimir protesto de metalúrgicos na portaria da ArcelorMittal Tubarão

A manhã desta quarta-feira (30) seria marcada por mais um protesto dos trabalhadores metalúrgicos na portaria da ArcelorMittal Tubarão, mas, antes mesmo de ser iniciada a mobilização, o aparelho repressor do Estado já estava posicionado. 
 
Logo no início da manhã, foram posicionadas viaturas do Grupo de Apoio Operacional (GAO) da Polícia Militar próximas à portaria do Complexo de Tubarão, com policiais enfileirados e atentos a qualquer movimentação. 
 
Em frente ao Sindicato dos Metalúrgicos do Estado (Sindimetal-ES) também foram posicionadas viaturas da Polícia Militar – nas imagens feitas pela entidade é possível contar quatro carros – com o objetivo de inibir a manifestação dos trabalhadores. 
 
Para o sindicato, é difícil entender o motivo pelo qual o aparato de segurança do Estado é utilizado para atender interesses de instituições privadas. 
 
Nesta terça-feira (29), o protesto dos metalúrgicos também foi reprimido por policiais à paisana, que chagaram a apontar armas para os trabalhadores. Os três policiais estavam sem identificação e fotografavam os trabalhadores que participavam do protesto. Os metalúrgicos, então, pediram que não fossem fotografados para não sofrerem represália das empresas e os policiais, além de não atenderem ao pedido, sacaram as armas e apontaram em direção aos manifestantes.
 
A greve foi iniciada no dia 17 de dezembro depois de o Sindimetal tentar, desde outubro, negociar a reposição da inflação do período, que ficou em 10,3%, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), e auxílio-alimentação de R$ 300. Os empresários insistem em conceder reajuste abaixo da inflação.
 
Para a entidade, as empresas se alinharam ao discurso da crise na tentativa de enfraquecer a campanha salarial dos trabalhadores. No entanto, segundo o sindicato, diversas empresas mantiveram a produção e têm condições de conceder a reposição da inflação. 
 
O sindicato também aponta que os metalúrgicos já abriram mão do ganho real, o que representam perdas para a categoria. Por isso, o Sindimetal acredita que os empresários também deveriam ser flexíveis e atender ao pleito da categoria.

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