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Policiais Civis realizam Operação Papelada de expediente interno nas delegacias

Os policiais civis do Estado realizaram nesta quarta-feira (31) e quinta-feira (1) a Operação Papelada, como parte dos protestos das categorias contra a desvalorização, péssimas condições de trabalho e falta de efetivo da Polícia Civil. Durante os dois dias, no horário de expediente, os policiais adiaram o atendimento ao público até a finalização dos trabalhos internos pendentes de regularização de procedimentos e materiais.

O atendimento ao público em horário de expediente será retomado nesta sexta-feira (2), tendo em vista a necessidade de auditoria interna dos materiais e papelada existente nas unidades.

Também foram suspensos nos dias de Operação Papelada os cumprimentos de mandados de prisão, mandados de busca e apreensão, bem como quaisquer diligências externas, exceto em casos de prisão em flagrante.

Nas delegacias regionais foram mantidos apenas atendimentos a situações de flagrante delito e o público foi orientado a registrar ocorrências que não sejam flagrantes nesta sexta-feira.

Os policiais civis fizeram o movimento para protestar contra a política de desvalorização do governo Paulo Hartung (PMDB) em relação aos policiais e ao serviço público de maneira geral.

A pauta de reivindicações dos policiais contempla aplicação correta das promoções dos policiais civis pelo governo; reposição salarial e incorporação de 12 horas de escala especial; adoção de medidas de protesto contra as remoções e transferências abusivas e arbitrárias; fim das perseguições a representantes classistas; melhores condições de trabalho e adoção de políticas públicas para a melhoria; concurso público para todos os cargos e nomeação dos aprovados; e garantia da progressão horizontal de todos os servidores públicos da Polícia Civil.

Os policiais estão sem reajuste anual linear, sem pagamento do contingenciamento, sem pagamento do precatório da trimestralidade, sem o direito reconhecido da promoção e sem o respeito às prerrogativas policiais, que são simplesmente negadas ou ignoradas. Além disso, sofrem com a falta de efetivo, com a falta de investimento em recursos humanos e materiais, a sobrecarga de trabalho aliada aos desvios e usurpação da função pública, o que pode provocar um colapso na instituição por conta do efetivo defasado.

 

A falta de efetivo pode levar a Polícia Civil ao colapso. O quadro da Polícia Civil do Estado tem defasagem que chega a 1.428 policiais, o que representa índice de 38%. O baixo número de policiais prejudica o atendimento à população e, ainda assim, não há previsão de realização de concurso público.

É justamente o baixo efetivo que contribui para a baixa resolução de inquéritos policiais. O sucateamento das unidades policiais também é fator de precariedade na prestação de serviço ao público.

No início deste ano, o Sindicato dos Policiais Civis do Estado (Sindipol-ES) fez diversas vistorias em unidades da Grande Vitória e do interior e constatou que a falta de efetivo está à beira de provocar um colapso na instituição.

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