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Prefeitura não envia representante à Câmara de Vila Velha para apresentar posição em relação ao corte de ponto de servidores

O secretário de Administração e Desenvolvimento de Vila Velha, Rodrigo Magnago, foi ausência sentida na sessão desta segunda-feira (13) da Câmara de Vereadores do município. Ele foi convidado na última semana a esclarecer a Casa sobre a situação dos servidores do município por conta da fala do presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Vila Velha (Sinfais), Ricardo Aguilar, na Tribuna Livre da Câmara.

Aguilar relatou a situação de desespero que os servidores enfrentavam com o corte dos salários promovido pela prefeitura. Os servidores estão em greve há 75 dias, em movimento paredista que foi considerado legal, mas, ainda assim, mesmo aqueles que não aderiram, tiveram os vencimentos cortados.

Na última sexta-feira (10), o desembargador Jorge Nascimento Viana determinou que o município devolva os valores descontados dos salários dos servidores que aderiram à greve sob pena de multa diária de R$ 10 mil.

Na sessão da Câmara, o vereador Ricardo Chiabai (PPS) lembrou que o secretário não apareceu nem enviou representante. A ida de Magnago foi um dos encaminhamentos decorrentes da Tribuna Livre, sendo o outro, a cargo da Mesa Diretora, solicitar uma reunião com a participação do prefeito, Rodney Miranda (DEM), dos vereadores e de representantes do Sinfais para debater a situação do funcionalismo no município, mas até o momento não havia sido agendada.

O requerimento de solicitação foi assinado pelos 17 vereadores, mas ainda não foi marcada pelo Gabinete do prefeito.

Os servidores estão em greve há mais de dois meses e o principal ponto reivindicado é a reposição das perdas salariais. Atualmente, pelo menos 400 servidores efetivos do município recebem menos do que um salário-base de R$ 777, ou seja, menos que um salário mínimo.

De acordo com o Sinfais, o prefeito, junto com os secretários, determinou o imediato corte nos salários, sem qualquer tipo de critério, em atitude considerada autoritária, abusiva e ilegal.

A entidade ressalta que os sindicatos que compõem Frente Sindical dos Servidores de Vila Velha estavam em plena negociação para que a greve terminasse, mas, ainda assim, os salários foram cortados.

O índice de reposição reivindicado pelos servidores está em 37,4% e eles também pleiteiam auxílio alimentação no valor de R$ 400 para todos os servidores.

A falta de respostas da prefeitura perdura desde o ano passado, com a prefeitura insistindo que não havia dinheiro em caixa para repor as perdas salariais dos servidores. No entanto, os salários dos secretários aumentaram em 55% e do prefeito e vice-prefeito em 25% somente no mandato de Rodney Miranda.

A greve foi aprovada pelos servidores presentes à assembleia realizada no dia 22 de março, por unanimidade. As entidades que compõem a frente sindical produziram um site que vai divulgar as ações para os dias de paralisação.

A Frente Sindical dos Servidores de Vila Velha é composta pelo Sinfais, Sindicato dos Enfermeiros do Estado (Sindifenfermeiros), Sindicato dos Farmacêuticos do Estado (Sinfes), Sindicato dos Odontologistas do Estado (Sinodonto-ES), Sindicato dos Psicólogos do Estado (Sindpsi), Sindicato dos Técnicos em Higiene Bucal do Estado (Sindsaudebucal), Sindicato dos Servidores das Guardas Civis Municipais e dos Agentes Municipais de Trânsito do Estado (Sigmates), Sindicato dos Nutricionistas do Estado (Sindinutri) e Sindicato dos Técnicos e Auxiliares de Enfermagem do Estado (Sitaen).  

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