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Prestes a completar um mês, greve dos bancários segue sem perspectiva de proposta da Fenaban

A greve dos bancários completou 29 dias no Estado nesta terça-feira (4) sem que uma nova proposta tenha sido apresentada pela Federação Nacional dos Bancos. Nesta terça-feira, permaneceram fechadas 358 agências no Estado.

Das agências fechadas, 191 são na Grande Vitória e 167 no interior. Na Região Metropolitana deixaram de abrir 40 agências da Caixa Econômica Federal, 43 do Banco do Brasil, 56 do Banestes, 14 do Santander, 15 do Bradesco, 16 do Itaú, cinco do HSBC e uma do Safra, além do Centro de Processamento de Dados (CDP) do Banestes e do Banco do Brasil, de três departamentos da Caixa Econômica e o Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes).

Os funcionários do Bandes, inclusive, fizeram um ato público nesta segunda-feira (3) para cobrar o retorno das negociações entre o banco e o Sindicato dos Bancários do Estado (Sindibancários-ES), paralisadas desde 20 de setembro.

A diretoria do banco chegou a chamar a Polícia Militar para reprimir os bancários que faziam resistência em frente à sede do Bandes na última semana.

O Sindibancários aponta que o banco tem sido intransigente não somente por ter paralisado as negociações, mas também por ter chamado a polícia para coagir os bancários e bancárias a por fim à greve.

Plenária

Em plenária realizada nesta segunda-feira, os bancários decidiram pelo fortalecimento do movimento diante do silêncio da Fenaban. Na reunião, o diretor do Sindibancários e representante capixaba no Comando Nacional dos Bancários, Idelmar Casagrande, ressaltou que é inaceitável que o setor que mais lucra no País não aceite sequer repor a inflação do período e queira empurrar um abono aos trabalhadores.

Casagrande salientou que a proposta, além de não contemplar as reivindicações de emprego, saúde e condições de trabalho, prioritárias para a categoria, ainda impõe perdas salariais, com impacto direto na nossa remuneração.

A proposta da Fenaban consistia em reajuste de 7% para 2016, mais abono de R$ 3,5 mil. Para 2017, a proposta dos banqueiros era de reposição da inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) mais aumento real de 0,5%. Os vales e auxílios seriam corrigidos pelos respectivos índices. A proposta foi rejeitada na mesa de negociação, na última quarta-feira (28).

Dentre as principais reivindicações dos bancários estão reajuste salarial, com reposição da inflação (9,57%) mais 5% de aumento real; Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de três salários mais R$8.317,90; piso salarial de R$3.940,24 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último); vale alimentação no valor de R$880 ao mês (valor do salário mínimo); vale refeição no valor de R$880,00 ao mês; 13ª cesta e auxílio-creche/babá no valor de R$880 ao mês; melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários; fim das demissões; mais contratações; fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do Projeto de Lei Complementar (PLC) 30/15 no Senado, além da ratificação da Convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que coíbe dispensas imotivadas; e Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.

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