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Representante dos servidores de Vila Velha relata situação precária dos trabalhadores

O presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Vila Velha (Sinfais), Ricardo Aguilar, usou a Tribuna Livre da Câmara do município para relatar a situação de desespero que os servidores enfrentam com o corte dos salários promovidos pela prefeitura. Os servidores estão em greve há 70 dias, em movimento paredista que foi considerado legal, mas, ainda assim, mesmo aqueles que não aderiram, tiveram os vencimentos cortados.

Aguilar disse que atualmente 150 servidores tiveram o ponto cortado e passam por situação delicada. Segundo ele, o Sinfais recebe queixas de servidores – que sequer conseguem comprar alimentos – todos os dias. “Estamos vivenciando uma situação de flagrante irregularidade no corte dos pontos de servidores em greve. Esses trabalhadores, que não cruzaram os braços em nenhum momento, mesmo a Justiça tendo considerado a paralisação legal, estão passando por momentos de penúria, já que ficaram impedidos de receber seus salários nos últimos dois meses”, disse ele.

Ele apontou que é necessário investigar a situação com urgência e pediu que a Casa, no uso da prerrogativa de investigar o executivo, intervenha para identificar o responsável pelos cortes indevidos para que o sindicato possa tomas as medidas necessárias.

O proponente da Tribuna Livre, o vereador Ricardo Chiabai (PPS) lembrou que a greve foi deflagrada pelo fato de diversos servidores estarem recebendo salários abaixo do mínimo, o que é vedado pela Constituição Federal.

O vereador também pontuou que não se pode confundir vencimento com remuneração e que a prefeitura, ao colocar gratificações somadas ao salário-base, faz os vencimentos chegarem a um salário mínimo o que é justamente a reclamação dos servidores em greve.

O vereador Zé Nilton (Rede), que também esteve presente na sessão sugeriu que a Câmara solicite, oficialmente, explicações do executivo sobre os cortes de ponto que foram efetuados de forma irregular. Ele salientou que o corte de ponto não se justifica, já que a greve dos servidores é legal e seguiu todos os trâmites oficiais. Além disso, os servidores vêm mantendo o percentual mínimo de trabalhadores em atuação.

Cortes

Os salários dos servidores em greve sofreram cortes pelo segundo mês pela prefeitura, mesmo que o movimento paredista não tenha sido considerado ilegal.

Os servidores estão em greve há mais de dois meses e o principal ponto reivindicado é a reposição das perdas salariais. Atualmente, pelo menos 400 servidores efetivos do município recebem menos do que um salário mínimo – recebem salário-base de R$ 777.

De acordo com o Sinfais, o prefeito, junto com os secretários, determinou o imediato corte nos salários, sem qualquer tipo de critério, em atitude considerada autoritária, abusiva e ilegal.

 
A entidade ressalta que os sindicatos que compõem Frente Sindical dos Servidores de Vila Velha estavam em plena negociação para que a greve terminasse, mas, ainda assim, os salários foram cortados.

A situação dos servidores, que já era precária, ficou ainda pior e ensejou uma campanha de arrecadação de alimentos capitaneada pelo Sinfais. A entidade pede que alimentos não perecíveis e materiais de higiene pessoal sejam doados na sede do sindicato, na Avenida Santa Leopoldina, n° 805, no bairro Coqueiral de Itaparica, em Vila Velha. O Sinfais fica em frente à sede da prefeitura de Vila Velha.

O índice de reposição reivindicado pelos s

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