Assim como nas outras reuniões, o governo negou todas as demandas dos servidores, sob a alegação de falta de recursos. A próxima assembleia geral unificada dos servidores acontece em 23 de julho e vai ser colocada em votação a realização de uma greve geral.
Para o Fespes, o discurso do caos que o governo Paulo Hartung (PMDB) tem feito desde que assumiu a gestão, em janeiro deste ano, não justifica a falta de recomposição salarial e as ameaças de demissões dos servidores públicos. Os servidores públicos do Estado entendem que a recomposição é de suma importância e que a não concessão do reajuste pode gerar grave crise institucional.
O Fespes também questiona os argumentos de crise que o governo tenta incutir na opinião pública. Uma consultoria independente contratada pelo Sindicato dos Servidores Públicos do Estado (Sindipúblicos) constatou que o Estado já arrecadou mais de R$ 7,8 bilhões de janeiro a maio deste ano e está com um superávit de R$ 447 milhões.
O Sindipúblicos também aponta que os números revelam que o Estado está muito abaixo do limite da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), já que a folha de pagamento chega a no máximo 44,4%, o que é bem abaixo dos 49%, que é o limite estabelecido pela LRF.
O sindicato ressalta que, se a arrecadação do Estado continuar no mesmo ritmo, encerrará o ano acima de R$ 18 bilhões, superior até mesmo aos R$ 16 bilhões previstos no Orçamento 2015.