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Segundo dia da greve dos bancários registra 277 agências fechadas

O segundo dia da greve dos bancários registrou número maior de agências fechadas. Foram 277 agências que não abriram as portas em todo o Estado, sendo 168 na Grande Vitória e 109 no interior. Também permaneceram fechados dez departamentos da Caixa Econômica Federal, os prédios do Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes), do Banco do Brasil da Praça Pio XII e o Centro de Processamento de Dados do Banestes (CPD), todas em Viória.

Dentre bancos públicos, pararam 57 agências do Banestes, 37 do Banco do Brasil e 39 da Caixa Econômica. Entre os privados, 35 unidades estão paralisadas, sendo 11 do Itaú, 11 do Bradesco, quatro do HSBC, oito do Santander e uma do Safra.

No interior do Estado estão paralisadas 17 agências do Banestes, 35 da Caixa, 45 do Banco do Brasil, uma do Banco do Nordeste (BNB), uma do Santander, cinco do Itaú, uma do HSBC e quatro do Bradesco.

No primeiro dia do movimento, o Estado bateu recorde de agências paradas, com 261 unidades fechadas. Na greve realizada em 2014, o primeiro dia de paralisações registrou 192 agências fechadas e em 2013 foram 170. Para o Sindicato dos Bancários do Estado (Sindibancários-ES), a maior adesão representa maior capacidade de mobilização da categoria e o fato de que, mesmo em um cenário econômico difícil, os números mostram que para os banqueiros não há crise.

Os cinco maiores bancos que operam no País (Itaú, Bradesco, Santander, Banco do Brasil e Caixa) lucraram R$ 36,3 bilhões no primeiro semestre deste ano, o que representa um crescimento de 27,3% em relação ao mesmo período do ano passado.  Por isso, a categoria considera a proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) rebaixada.

Dentre outras reivindicações, os trabalhadores pleiteiam reajuste salarial de 16%; Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de três salários mais R$ 7.246,82; e piso salarial de R$ 3.299,66.

A Fenaban propôs um reajuste de 5,5% no salário, também na PLR e nos auxílios refeição, alimentação, creche, além de abono de R$ 2,5 mil. O Comando Nacional dos Bancários (Contraf) considerou que o reajuste está muito abaixo da inflação, que ficou em 9,88%, em agosto deste ano.

Além da questão salarial e de benefícios, os bancários também cobram o fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações, principalmente diante dos riscos de aprovação do Projeto de Lei Complementar (PLC) 30/15 no Senado, além da ratificação da Convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que coíbe dispensas imotivadas.

A categoria também pleiteia prevenção contra assaltos e sequestros, com a permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, conforme legislação; instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas; abertura e fechamento remoto das agências e fim da guarda das chaves por funcionários.

Na questão social, os bancários reivindicam o fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transexuais e pessoas com deficiência.

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