Os servidores da Dataprev – Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência lotados no Espírito Santo realizam, nesta semana, atos públicos contra o anúncio de demissões pelo governo Jair Bolsonaro que atingirá 20 unidades e 500 profissionais em todo o país.
Na manhã desta terça-feira (4), os trabalhadores estiveram em frente à unidade central do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em Vitória e também na Praça Costa Pereira. Já nesta quarta (5), se reunirão às 8h em frente à Assembleia Legislativa.
No Estado, dezesseis servidores estão ameaçados de desligamentos. Números esses que agravam a crise enfrentada pelo INSS na concessão de benefícios e aposentadorias, entre outros serviços prestados aos segurados.
“A forma como estão nos demitindo é totalmente desumana. Anunciaram o fechamento e as demissões no dia oito de janeiro, por e-mail. Nesse e-mail falam de um PAQ, Programa de Adequação de Quadro, uma espécie de Plano de Demissão Voluntária, sendo que quem não aderisse seria demitido do mesmo jeito. Esse plano tinha prazo até dia 20 de janeiro e logo em seguida foram iniciadas as demissões” desabafa um dos servidores, que preferiu não se identificar.
Os atos públicos fazem parte do movimento grevista que está em seu 14º dia contra o fechamento dos escritórios, pela não demissão de trabalhadores, contra a privatização e em defesa da soberania nacional.
No último dia 24, o Sindicato dos Trabalhadores Federais em Saúde, Trabalho e Previdência Social no Espírito Santo (Sindprev-ES) também realizou ato no Centro de Vitória para esclarecer a população sobre o colapso no atendimento ao público no INSS, em alusão ao Dia Nacional de Luta em Defesa do Serviço Público.
Os trabalhadores da Previdência Social alertam para a ineficácia da intervenção militar proposta pelo governo federal com o objetivo de reduzir a fila de espera por atendimento e defendem a realização de concurso público que reponha o quadro de servidores, reduzido por conta de aposentadorias.