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Servidores de Vitória divulgam carta à população esclarecendo sobre motivos que levaram à greve

Os servidores municipais de Vitória, que iniciam uma greve amanhã (29), divulgaram nesta segunda-feira (28) uma carta aberta à população do município com os esclarecimentos sobre o movimento paredista. O movimento atinge, além dos servidores da administração direta, os da saúde, da educação e da segurança do município.

No documento, os servidores apontam que o prefeito Luciano Rezende (PPS), ao longo da gestão, demonstrou não priorizar a prestação de serviço público de qualidade. De acordo com a carta, sob pretexto de queda de arrecadação, a administração alega não poder investir. No entanto, no início do mandato houve reajuste em 40% para o secretariado e, somente no pagamento de servidores em cargos comissionados, o gasto é de R$ 2 milhões.

Além disso, os servidores apontam que no mês de janeiro a prefeitura destinou os mesmos R$ 2 milhões para despesas em comunicação institucional.

Os servidores do município estão há dois anos sem reajuste salarial, sem investimentos adequados em equipamentos públicos para que o atendimento à população seja feito com qualidade. As perdas históricas das categorias chegam a 130%, já que a prefeitura exclui a aplicação do índice inflacionário.

Já nos equipamentos púbicos, os servidores alegam, faltam desde o fornecimento de medicamentos nas unidades de saúde até merendas nas escolas, além de profissionais para suprir a defasagem de servidores nos locais de trabalho.

Os servidores também cobram o pagamento da progressão de carreira das categorias, que é o acréscimo nos salários referente às especializações de cada servidor. Desde 2014 esta progressão não vem sendo concedida.

O primeiro ato público da greve dos servidores vai ser uma passeata entre o Centro de Vitória e a sede da prefeitura, no bairro Bento Ferreira, nesta terça-feira.  Durante todo o movimento paredista os servidores vão esclarecer a população sobre as alegações da prefeitura para não conceder reajuste, que seria a falta de dinheiro em caixa.

Vila Velha

Os servidores municipais de Vila Velha também deflagram greve nesta terça-feira. Somente em 2015 foram seis negociações entre representantes dos nove sindicatos que compõem a Frente Sindical dos Servidores de Vila Velha e a prefeitura, sem qualquer avanço. Na única reunião realizada em 2016, a prefeitura propôs um prêmio incentivo, que foi considerado um “cala-boca” pelos sindicatos, já que o servidor perderia direito ao benefício mesmo que apresentasse atestado médico.

Os servidores pleiteiam reposições das perdas salariais no índice de 37,4% e auxílio alimentação no valor de R$ 400 para todos os trabalhadores.

Durante todo o ano passado, a prefeitura alegou que não havia dinheiro em caixa para repor as perdas salariais dos servidores, mas os salários dos secretários aumentaram em 55% e do prefeito e vice-prefeito em 25% somente no mandato de Rodney Miranda (DEM).

A greve foi aprovada pelos servidores presentes à assembleia realizada na última terça-feira (22) por unanimidade. As entidades que compõem a frente sindical produziram um site que vai divulgar as ações para os dias de paralisação.

A frente é composta pelo Sindicato dos Servidores Municipais de Vila Velha (Sinfais), pelo Sindicato dos Enfermeiros do Estado (Sindifenfermeiros), Sindicato dos Farmacêuticos do Estado (Sinfes), Sindicato dos Odontologistas do Estado (Sinodonto-ES), Sindicato dos Psicólogos do Estado (Sindpsi), Sindicato dos Técnicos em Higiene Bucal do Estado (Sindsaudebucal), Sindicato dos Servidores das Guardas Civis Municipais e dos Agentes Municipais de Trânsito do Estado (Sigmates), Sindicato dos Nutricionistas do Estado (Sindinutri) e Sindicato dos Técnicos e Auxiliares de Enfermagem do Estado (Sitaen).

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