Os servidores vão definir com o Sindicato dos Servidores Públicos do Estado (Sindipúblicos-ES) uma forma de repor os dias não trabalhados.
Durante a assembleia, o presidente da Associação dos Servidores do Incaper (Assin), Edegar Formentini, reforçou a importância das mobilizações que os servidores fizeram durante o movimento paredista. Segundo Edegar, os servidores vão avaliar os avanços nas negociações com o governo em período não maior do que 30 dias. Caso o processo não avance, os servidores podem retomar a greve.
O governo propôs a análise e resposta, em prazo de 90 dias, sobre o plano de cargos e salários, além da solução sobre as condições de trabalho na autarquia.
O sucateamento na autarquia é latente e foi intensificado com a redução drástica do custeio. No Incaper faltam equipamentos de trabalho, como computadores, impressoras, GPS e gasolina; internet de qualidade; as unidades estão em péssimo estado de conservação; e o salário dos servidores está defasado.
Desde o início da greve, os trabalhadores realizaram atos públicos em inaugurações, panfletagens em feiras e manifestações. Durante o movimento, os servidores também sofreram tentativas de intimidação por parte do diretor-presidente do Incaper, Marcelo Suzart de Almeida, que enviou ofício solicitando aos chefes regionais e chefes de departamento que refizessem a frequência dos servidores e a entregassem corrigida, apenas com a presença dos servidores que não compareceram à assembleia geral que aconteceu no dia 30 de maio.
Por conta disso, mais dois chefes de departamento da autarquia entregaram os cargos, fazendo chegar a 50% o índice de chefes de departamento que entregaram os cargos na gestão de Suzart.