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Servidores do Incaper chegam para o trabalho e se deparam com a autarquia fechada

Os servidores do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) reiniciaram a greve – suspensa no mês de junho – nesta quinta-feira (27). A paralisação foi retomada diante da morosidade do governo em negociar com a categoria. No entanto, os trabalhadores foram surpreendidos na manhã desta quinta com a autarquia fechada tanto para servidores que não aderiram à greve quanto para aqueles que queriam protestar contra a falta de diálogo da diretoria do órgão.

De acordo com a Associação dos Servidores do Incaper (Assin), o diretor-presidente da autarquia, Marcelo Suzart, decretou ponto facultativo sem qualquer comunicado oficial, surpreendendo todos os servidores que chegavam ao local.

Os portões só foram abertos no meio da manhã, mas sem o funcionamento do órgão.

Os servidores, acompanhados de agricultores familiares, caminharam da sede do Incaper ao Palácio Anchieta cobrando investimentos na agricultura familiar e melhores condições de trabalho para os servidores.

A greve foi retomada por conta do não cumprimento de medidas que deveriam ter sido atendidas. Mesmo aquelas que sequer têm impacto financeiro deixaram de ser cumpridas.

A diretoria do Incaper se comprometeu certos prazos, o que não aconteceu. Um dos prazos descumpridos foi a recomposição imediata do quadro de servidores. Também foi descumprido o acordo em relação à transparência e democracia interna, além da viabilização de recursos, como combustível para veículos, computadores e impressoras. O novo organograma está sendo feito sem a participação dos servidores, que deveriam orientar o que é melhor para o bom funcionamento do Incaper e do atendimento à agricultura familiar.

Os servidores reivindicam a correção imediata das perdas salariais em função do desgaste inflacionário, que já somam mais de 20% após a correção de abril de 2014. O governo, no entanto, negou a reposição alegando não ter condições de realizar o aumento, em função da crise econômica e do caixa do Estado.

Além da questão financeira, os servidores pleiteiam melhores condições de trabalho. A autarquia padece com intenso processo de sucateamento, com redução drástica de custeio; sem equipamentos de trabalho, como computadores, impressoras, GPS e gasolina; sem internet de qualidade; com unidades em péssimo estado de conservação; e com salário defasado.

A pauta de reivindicações contempla também a formação de um grupo de trabalho visando a revisão imediata do Plano de Carreira dos servidores e para que no prazo de 30 dias apresente projeto orçamentário suficiente para suprir as demandas de recursos do Incaper.

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