Os servidores capixabas estão em greve desde junho e afirmam que o projeto de lei vetado por Dilma no mês passado é a solução que melhor atende à categoria, que está há nove anos sem reajuste e acumula aproximadamente 50% de perdas salariais, segundo cálculos do Supremo Tribunal Federal (STF).
Na última quarta-feira (12), o STF apresentou aos servidores uma proposta de reajuste negociada com o governo. Entre os termos propostos, está um índice de aumento em torno de 40%, pago em oito parcelas semestrais a partir de janeiro do ano que vem. O PLC 28, defendido pelos trabalhadores, prevê um reajuste escalonado em torno de 54%, pago em seis parcelas.
“Desde o veto, o STF vem negociando, sem ouvir a categoria. Agora, que estamos na expectativa da apreciação e da derrubada do veto no Congresso Nacional, eles apresentaram uma proposta aquém do que reivindicamos. Nós, servidores, não aceitamos os termos dessa negociação e continuamos firmes na luta pela derrubada do veto, confiando no compromisso firmado conosco pelos parlamentares”, destacou Denismar Marques, diretor jurídico do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário Federal no Estado (Sinpojufes), que participou da reunião em Brasília.