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Servidores planejam fazer ???apagões??? nos serviços públicos

As categorias do serviço públicos reunidas pelo Fórum das Entidades dos Servidores Públicos do Espírito Santo (Fespes) realizaram, na tarde desta quinta-feira (17) mais uma assembleia geral unificada, desta vez do Centro Sindical dos Bancários, na Ilha de Santa Maria, Vitória. Compareceram servidores de todas as autarquias estaduais, do Judiciário, da área de Saúde, além de professores.

Durante o encontro, os servidores aprovaram a realização de “apagões” no mês de setembro, que são dias em que os serviços públicos não serão ofertados. As datas ainda vão ser definidas, mas a população vai ser avisada com antecedência para não procurar as repartições públicas nos dias em que não estarão funcionando.

Esta estratégia já vem sendo realizada por movimentos sindicais em todo o País e vai passar a ser adotada também no Estado.

A realização dos “apagões” é uma resposta ao governo Paulo Hartung (PMDB) que se recusa a negociar com o funcionalismo e não atende às reivindicações das categorias.

Nesta semana, o Comitê Gestor de Carreiras e Relações Sindicais (CGCARS) do governo respondeu oficialmente às reivindicações protocoladas há mais de um mês pelas entidades representativas de servidores negando o atendimento aos pleitos.

Assim como nas outras ocasiões, o governo não apresentou números para justificar a negativa em conceder a revisão salarial anual, definir uma data-base para o funcionalismo e conceder o auxílio alimentação.

Em contrapartida, os últimos balanços e relatórios de gestão publicados no Diário Oficial do Estado mostram que a arrecadação estadual apresentou um desempenho superior às estimativas, com previsão de chegar ao final do ano com uma arrecadação superior a R$ 18 bilhões, o que representa uma elevação de R$ 2 bilhões em relação ao previsto.

Mesmo assim, o CGCARS, sem apresentar nenhum dado concreto, repetiu o discurso da crise e negou todos os pontos de pauta da categoria. A justificativa para não realizar a revisão geral e fixar a data base seria financeira. Já quanto à concessão do auxílio alimentação, o governo diz não ser possível pagar o benefício, pois o caso está judicializado, sendo que foi próprio governo quem levou a situação à esfera judicial, indo contra, inclusive, um parecer do conselho da Procuradoria Geral do Estado (PGE). Quanto à mesa de negociação, o Comitê Gestor se auto-intitula como sendo essa instância, apesar de não seguir as determinações da Lei 46/94, que estabelece o regime jurídico único dos servidores públicos do Estado.

 
 

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