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Servidores põem na rua bloco ‘Esse abraço eu não quero’ no Sete de Setembro

Os servidores públicos estaduais pretender realizar um protesto nesta segunda-feira durante o desfile cívico de 7 de setembro, que vai ser realizado pela primeira vez em Cariacica, na Avenida Expedito Garcia, no bairro Campo Grande. Os servidores vão comparecer ao ato vestindo as já conhecidas camisas amarelas em alusão à  campanha “Hartung, esse abraço eu não quero”, promovida pelo  Fórum das Entidades dos Servidores Públicos do Espírito Santo (Fespes).

Os servidores públicos estaduais buscam diálogo com o governo na tentativa de concessão da revisão salarial anual, da definição de uma data-base para o funcionalismo, concessão do auxílio alimentação e da formalização de uma mesa permanente de negociação.

Para o mês de setembro os servidores agendaram uma série de “apagões” no serviço público. O Fespes definiu para o período entre 15 e 18 de setembro as paralisações. Neste período, funcionarão apenas os serviços públicos de urgência e emergência. O Fespes recomenda que a população evite procurar os serviços públicos nos dias do “apagão”.

Diversos setores do funcionalismo já aderiram à campanha “Hartung, esse abraço eu não quero”, como profissionais da segurança pública, servidores da saúde, do judiciário, das autarquias e demais secretarias. Uma campanha promovida pelo Fespes vai alertar à população sobre as paralisações.

A realização dos “apagões” é uma resposta ao governo Paulo Hartung (PMDB), que se recusa a negociar com o funcionalismo e não atende às reivindicações das categorias.

O Comitê Gestor de Carreiras e Relações Sindicais (CGCARS) do governo respondeu oficialmente às reivindicações protocoladas há mais de um mês pelas entidades representativas de servidores negando o atendimento aos pleitos.

Assim como nas outras ocasiões, o governo não apresentou números para justificar a negativa em conceder a revisão salarial anual, definir uma data-base para o funcionalismo e conceder o auxílio alimentação.

Em contrapartida, os últimos balanços e relatórios de gestão publicados no Diário Oficial do Estado mostram que a arrecadação estadual apresentou um desempenho superior às estimativas, com previsão de chegar ao final do ano com uma arrecadação superior a R$ 18 bilhões, o que representa uma elevação de R$ 2 bilhões em relação ao previsto.

Mesmo assim, o CGCARS, sem apresentar nenhum dado concreto, repetiu o discurso da crise e negou todos os pontos de pauta da categoria. A justificativa para não realizar a revisão geral e fixar a data base seria financeira. Já quanto à concessão do auxílio alimentação, o governo diz não ser possível pagar o benefício, pois o caso está judicializado, sendo que foi próprio governo quem levou a situação à esfera judicial, indo contra, inclusive, um parecer do conselho da Procuradoria Geral do Estado (PGE). Quanto à mesa de negociação, o Comitê Gestor se auto-intitula como sendo essa instância, apesar de não seguir as determinações da Lei 46/94, que estabelece o regime jurídico único dos servidores públicos do Estado.

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