Os principais atingidos pelas demissões são os trabalhadores da área operacional, principalmente operadores e auxiliares com problemas na coluna, nos ombros, joelhos, labirintite e problemas psiquiátricos.
As demissões fazem com que outros trabalhadores – que começam a ter sintomas das doenças ocupacionais resultantes do esforço repetitivo e da longa jornada de trabalho (de até 12 horas) – fiquem temerosos em buscar atendimento do médico do trabalho da empresa e até mesmo de especialistas que atendem pelo plano de saúde. Eles temem que depois de se afastarem das atividades para tratamento sejam demitidos ao retornarem.
Segundo o Suport, os trabalhadores passaram por perícia médica do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), que avaliou que os deveriam se afastar do trabalho para cuidar de sua saúde. No entanto, ao retornarem, mesmo que ainda em tratamento, foram mandados embora dias depois do retorno à empresa.
No caso dos operadores de guindaste, eles precisam subir em uma plataforma de 20 metros e olham constantemente para cima e para baixo. Esta atividade pode desenvolver ou agravar um quadro de labirintite, mas o trabalhador também precisa da estrutura da própria empresa para passar por tratamento e se curar da enfermidade.
O Suport orienta os trabalhadores que foram demitidos procurem o Departamento Jurídico do sindicato para receber orientações jurídicas.