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Sindipol/ES encaminha a deputado Euclério Sampaio pauta de reivindicações

O Sindicato dos Policiais Civis do Espírito Santo (Sindipol/ES) encaminhou, na última semana, uma pauta de reivindicações ao deputado estadual e investigador de polícia Euclério Sampaio (DC). O documento possui 20 pontos de demandas de interesse da categoria. 

O parlamentar, segundo a entidade, foi solícito ao pleito e afirmou seu comprometimento com as solicitações do Sindicato.

Entre os pontos de pauta estão a incorporação das 12 horas referentes à escala especial, a transformação do Hospital da Polícia Militar (HPM) em Hospital da Segurança Pública, a efetivação e extensão da lei que trata sobre a concessão do adicional de insalubridade a todos os policiais civis que tenham contato com agentes insalubres, definição de uma data base anual e adicional noturno.

Viaturas

De acordo com o levantamento feito pelo Sindipol/ES, a Polícia Civil do Espírito Santo tem 985 viaturas, algumas descaracterizados. O número é satisfatório e ajudaria no combate à criminalidade, se a Polícia tivesse total suficiente de profissionais, especialmente, em cargos que trabalham nas atividades de investigação e no levantamento de informações nas ruas.

O Sindicato dos Policiais Civis lembra que, em um passado recente, faltavam viaturas para os policiais trabalharem no Estado, mas, hoje, a Polícia Civil capixaba sofre é com à ausência de políticas estruturantes que levaram ao corte brusco de investimentos, inclusive, à queda na verba de combustível dos veículos, que hoje é de R$ 500 em algumas regiões.

“Não dá para passar o mês. No interior e até na Região Metropolitana algumas vezes o trabalho de investigação fica comprometido por falta de combustível. E como agora tem muitas viaturas e poucos policiais, quando acaba a verba de um veículo, os policiais pegam outro. Não significa que a Polícia Civil tenha mais de 980 viaturas rodando. É um número que não reflete a realidade”, explicou Jorge Emílio Leal, presidente do Sindipol/ES.

O diretor financeiro do Sindipol/ES, Aloísio Fajardo, fez outra ponderação importante. Segundo ele, com o aumento da frota de viaturas também cresce o custo com despesas.

“Aumentam as despesas com manutenção e com combustível, por exemplo. Como são novos, esses veículos também deveriam ter seguro, o que nunca teve. Alguns ainda ficam à disposição de delegados e de outros policiais civis que exercem cargos de chefia.  A grande verdade é que a Polícia Civil não tem como arcar com esses custos”, disse.

O diretor financeiro do sindicato acrescentou que o governo diminuiu o valor dos investimentos para custeio e modificou a legislação para usar o dinheiro do Fundo de Reequipamento da Polícia Civil (Funrepoci) para comprar materiais básicos necessários para o funcionamento da instituição policial. Antes, segundo Aloísio, apenas 30% do Fundo poderia ser gasto com a compra de materiais. Com a mudança, o percentual passou para 50%.

Defasagem de 60%

No último levantamento feito pelo Sindipol/ES, a Polícia Civil capixaba tinha uma defasagem superior a 60% em seu quadro operacional. São 2.200 policiais para atender todo o Estado. Este ano, o governo anunciou concurso público com 170 vagas, o que ainda não resolveria o problema da defasagem. Mas o concurso foi cancelado por problemas na contratação da banca examinadora.

“Temos hoje 2.200 policiais civis para atender uma população superior a 4 milhões de pessoas, segundo o último Censo.  O último concurso público para cargos operacionais, ou seja, para cargos de investigação, foi há 25 anos. O número de policiais não acompanhou o crescimento populacional e não adianta comprar viaturas se não temos policiais para trabalhar com elas. O maior investimento que o governo deveria fazer seria concurso público para a Polícia Civil capixaba”, finalizou.

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