O Sindicato dos Servidores Públicos do Estado (Sindipúblicos) divulgou nota de repúdio ao valor do auxílio-alimentação pago aos servidores pelo governo. O valor de R$ 132 para servidores com carga horária de 30 horas semanais e de R$ 176 para os de 40 horas é pago desde 1997 e não teve revisão desde que foi instituído, apesar da cobrança do Sindipúblicos e de outras entidades representativas.
A revisão dos valores do auxílio já é pauta histórica dos servidores. O Sindipúblicos e sindicatos parceiros, reiteradas vezes, vêm cobrando do governo do Estado a necessidade de atualizar valor do auxílio-alimentação, no mínimo, pelo índice do Índice Geral de Preços do Mercado da Fundação Getúlio Vargas (IGP-M/FGV) acumulado durante esses 17 anos, o que resultaria no valor de R$ 705,60.
A entidade ressalta que, além de não discutir o reajuste, o governador Renato Casagrande insiste em não estender o benefício aos servidores que recebem pelo modelo de remuneração por subsídio, alegando ser inconstitucional. Para o Sindipúblicos, o argumento é frágil, já que os magistrados do Estado também recebem por subsídio e ganharam 100% de reajuste no auxílio.
O auxílio-alimentação concedido aos magistrados também foi repercutido pelo sindicato, que ressaltou que, em contrapartida ao congelamento do auxílio dos servidores, não surpreende a decisão do Tribunal de Justiça do Estado (TJES) em reajustar o mesmo benefício para os magistrados em 100%, passando dos atuais R$ 819,94 para R$ 1.679,80.
Os servidores do judiciário também questionaram o reajuste de 100% dos magistrados. Enquanto os juízes e desembargadores dobraram o valor do auxílio, os servidores tiveram de 5,53%, o que representa R$ 45 a mais no valor, que passou para R$ 865,28.