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Sindipúblicos denuncia Hartung à PGR por priorizar contratações temporárias

O Sindicato dos Servidores Públicos do Estado (Sindipúblicos-ES) ingressou com representação na Procuradoria Geral da República (PGR) denunciando a prática do governador Paulo Hartung (PMDB) de priorizar a contratação temporária em detrimento da realização de concurso público, burlando a Constituição Estaduas, a Federal e a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), no julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) nº 3.430 que determinou que o Estado cesse contratações temporárias na área da saúde e promova concursos públicos para o preenchimento das vagas.

Atualmente, o Estado tem mais de 13 processos seletivos para contratação em designação temporária abertos e todas as funções oferecidas têm caráter permanente, ou seja, não poderia haver o vínculo precário nesses casos.

A representação também aponta que algumas contratações, além de precárias, são temerárias, já que colocam agentes temporários em funções de risco ou que, no mínimo, exigem treinamento apurado e bem realizado, como é o caso da contratação temporária de inspetores penitenciários.

Na representação, o Sindipúblicos pede que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, provoque o controle de constitucionalidade da Lei Complementar Estadual 809/2015 e a nulidade dos processos seletivos para contratações temporárias em aberto, com a abertura de concurso público para suprir o déficit de vagas no funcionalismo estadual.

Ação popular

A contratação temporária em atividades-fim do Estado provocou o ajuizamento de uma ação popular, proposta pela agente de suporte educacional (ASE) e diretora do Sindipúblicos, Emmanuelle Pena de Oliveira, denunciando o secretário de Educação de Hartung, Haroldo Rocha, pelas contratações temporárias.

O Estado abriu processo seletivo simplificado para a contratação de 2,2 mil auxiliares de secretaria escolar em regime de designação temporária (DT). O cargo efetivo de ASE vem sendo paulatinamente extinto pelo governo para a contratação de auxiliares de secretaria com vínculo precário.

O Estado realizou um concurso para contratação de ASEs em 2010, mas o certame expirou em 2014, o que demandaria a realização de novo concurso, mas o Estado posterga. A realização do concurso é necessária para substituir o loteamento nas secretarias escolares feito por deputados estaduais, que colocam aliados políticos e cabos eleitorais nas secretarias.

Além da Adin 3.034, a 2.229/ES também impede que o Estado realize contratações temporárias. No caso da Sedu, há casos em que servidores aprovados em concurso para cargos efetivos são nomeados como temporários, mostrando que a existência de vagas e aprovados em concurso aptos a ocupá-las não é critério considerado para a contratação de pessoal.

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