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Sindipúblicos e Assin divulgam nota de repúdio contra presidente do Incaper

A Associação dos Servidores do Incaper (Assin) e o Sindicato dos Servidores Públicos do Estado (Sindipúblicos) divulgaram uma nota de repúdio ao diretor-presidente do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), Marcelo Suzart, que enviou e-mail a todos os chefes locais, regionais e fazendas da autarquia, determinando que atestem de forma imediata a frequência dos servidores, destacando se estão em atividade ou em greve.

A greve foi retomada em 27 de outubro, diante da morosidade do governo em negociar com a categoria.

As entidades ressaltam que o objetivo da comunicação é identificar individualmente quais servidores estão participando de forma direta do movimento grevista, visando constranger e ameaçar o servidor público quanto à prática dos atos sindicais, em especial, quanto ao exercício legal do direito de greve.

Os servidores da autarquia, salvo raras exceções, não registram ponto, inclusive, este registro é uma das reivindicações dos trabalhadores, que pleiteiam a criação de um banco de horas. O Sindipúblicos e a Assin reforçam que a cobrança do ponto neste cenário tem o claro objetivo de causar temor e perseguição pessoal.

Retomada

A greve foi retomada por conta do não cumprimento de medidas que deveriam ter sido atendidas. Mesmo aquelas que sequer têm impacto financeiro deixaram de ser cumpridas.

A diretoria do Incaper se comprometeu com prazos, o que não aconteceu. Um dos prazos descumpridos foi a recomposição imediata do quadro de servidores. Também foi descumprido o acordo em relação à transparência e democracia interna, além da viabilização de recursos, como combustível para veículos, computadores e impressoras. O novo organograma está sendo feito sem a participação dos servidores, que deveriam orientar o que é melhor para o bom funcionamento do Incaper e do atendimento à agricultura familiar.

Os servidores reivindicam a correção imediata das perdas salariais em função do desgaste inflacionário, que já somam mais de 20% após a correção de abril de 2014. O governo, no entanto, negou a reposição, alegando não ter condições de realizar o aumento, em função da crise econômica e do caixa do Estado.

Além da questão financeira, os servidores pleiteiam melhores condições de trabalho. A autarquia padece com intenso processo de sucateamento, com redução drástica de custeio; sem equipamentos de trabalho, como computadores, impressoras, GPS e gasolina; sem internet de qualidade; com unidades em péssimo estado de conservação; e com salário defasado.

A pauta de reivindicações contempla também a formação de um grupo de trabalho visando a revisão imediata do Plano de Carreira dos servidores e para que no prazo de 30 dias apresente projeto orçamentário suficiente para suprir as demandas de recursos do Incaper.

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