Em julho, mês com maior número de desligamentos, foram registrados 3.069 postos de trabalho a menos.
A pesquisa é feita mensalmente em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e usa como base os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
Os bancos múltiplos, com carteira comercial, categoria que engloba instituições como Itaú, Bradesco, Santander, HSBC e Banco do Brasil, foram os principais responsáveis pelos cortes. Eles eliminaram 5.790 empregos. Na Caixa Econômica Federal foram fechados 2.423 postos de trabalho.
A Caixa não pretende reabrir os cerca de três mil postos fechados, que foram liberados pelo Plano de Apoio à Aposentadoria (PAA). Estas vagas, que ficariam liberadas para que os aprovados em concurso público assumissem, serão eliminadas sob a alegação que atenderiam às adequações da Lotação Autorizada de Pessoal (LAP) e foram autorizadas para atender ao limite imposto pelo Ministério do Planejamento.
A eliminação dos postos de trabalho era justamente o temor dos candidatos aprovados no último concurso para o banco e que ainda aguardam nomeação. Somente no Estado, 605 aprovados no último concurso para a instituição aguardam nomeação, enquanto em 2014 houve desligamentos do banco em função do PAA.
Com o reordenamento dos postos de trabalhos, o número de empregados da Caixa cai para 97 mil. No Acordo Coletivo 2014/2015 havia autorização para o banco ter 103 mil empregados, número já considerado insuficiente para atender à atual demanda.