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Técnicos e auxiliares de enfermagem ameaçam entrar em greve

Trabalhadores do Hospital Jayme Santos Neves, referência na Covid-19, aprovaram estado de greve

Técnicos e auxiliares em Enfermagem do Hospital Estadual Jayme Santos Neves, na Serra, referência no combate à Covid-19, decidiram entrar em estado de greve. A decisão foi tomada em assembleia geral extraordinária realizada nesta terça-feira (26), em frente à unidade. Informações do Sindicato dos Técnicos e Auxiliares de Enfermagem do Espírito Santo (Sitaen), divulgadas em suas redes sociais, apontam que a categoria reclama da sobrecarga de trabalho, falta de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), baixos salários e corte de benefícios, como pagamento de feriado em dobro. 

Segundo os trabalhadores, embora o Jayme Santos Neves seja referência no atendimento a pacientes com Covid-19, faltam EPIs, sendo esse um dos motivos, acreditam os auxiliares e técnicos, da contaminação de diversos profissionais. A infecção pela Covid-19 provocou muitos afastamentos, afirma o Sindicato, que relata ocorrer, por causa disso, sobrecarga de trabalho e acúmulo de funções. A entidade conta que alguns estão realizando serviço até de maqueiro. 

Também está entre as queixas das categorias, a demissão de técnicos e auxiliares que estão no grupo de risco. “Muitos desses trabalhadores estão acima dos 60 anos e próximos de se aposentar”, diz o sindicato em sua página oficial no Facebook. O salário baixo é outro motivo de insatisfação, já que, segundo o Sitaen, técnicos em enfermagem do hospital ganham pouco mais de R$ 1.200. 
Os trabalhadores relatam que solicitaram ao Governo do Estado que cumprisse a promessa de conceder salário de R$ 2.400 que, de acordo com os técnicos, foram oferecidos para quem trabalha em hospitais de referência em Covid-19. Mas o sindicato destaca que em negociação de acordo coletivo entre a entidade e a organização social que administra o hospital, a Associação Evangélica Beneficente Espírito-Santense (Aebes), intermediada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) e acompanhada pelo governo, a empresa ofereceu aumento de 3%. O valor, afirma o sindicato, está abaixo da inflação acumulada de 2019.
O Sitaen comunicou que “vai notificar a empresa sobre a decisão da categoria para se manifestar em um prazo de 72 horas”. 

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