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Trabalhadores da Aracruz Celulose (Fibria) são prejudicados com treinamento on-line

O Sindicato dos Trabalhadores Químicos e Papeleiros do Estado (Sinticel-ES) denuncia a queda drástica no treinamento dos funcionários da Aracruz Celulose (atual Fibria) depois que começou a feito remotamente, para redução de custos. Os trabalhadores passaram a fazer o treinamento on-line para economizar com o presencial, o que vem prejudicando a categoria.

Além de o processo para assistir as aulas ser mais trabalhoso, demandando tempo dos trabalhadores – que poderia ser utilizado para, efetivamente, estudar – e as questões enviadas para os professores não são respondidas.

Os cursos são ministrados com o apoio técnico do Senai São Paulo, que é de difícil acesso. Os trabalhadores reclamam que os e-mails de questionamentos para sobre dúvidas não são respondidos para todos e que o atendimento não é cordial.

Segundo o Sinticel, o treinamento remoto compromete a qualidade dos cursos, o que impacta diretamente na produção e na qualidade profissional. A entidade ressalta que o treinamento on-line não é compatível com o padrão de segurança que a empresa diz ter.

Esta não foi a primeira medida da Fibria que prejudicou diretamente os trabalhadores. Nos últimos anos, os trabalhadores vêm perdendo direitos históricos. Até mesmo o café da manhã oferecido para os trabalhadores diariamente foi cortado pela empresa, o que gerou uma ação judicial por parte do Sinticel, com sentença favorável aos trabalhadores.

Desde que a Aracruz Celulose foi fundida com a VCP, do Grupo Votorantim, dando origem à Fibria, os trabalhadores acumulam perdas. A empresa terceirizou o serviço de bombeiros civis depois de o Sinticel ter conquistado o direito ao adicional de periculosidade aos trabalhadores que exerciam esta função.

No caso dos operadores de ponte rolante, a empresa – na impossibilidade de terceirizar a atividade – passou a impedir a contribuição mensal dos trabalhadores ao Sinticel sob a alegação de que não seria o sindicato representativo da categoria. A decisão foi tomada depois de a entidade ter conseguido para estes trabalhadores o direito ao adicional por insalubridade.

Além da supressão destes direitos, a Fibria transferiu parte do ônus com o plano de saúde e o seguro de vida para os trabalhadores que passaram a ser coparticipantes; reduziu o abono de férias de 40% para 33,33%; eliminou os presentes de Natal e Dia das Crianças; e acabou com a festa que era realizada aos veteranos, extinguindo o quinquênio que era pago neste festejo.

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