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Trabalhadores da Jurong põem fim à greve e aguardam julgamento de dissídio

Os trabalhadores metalúrgicos do Estaleiro Jurong Aracruz (EJA), no norte do Estado, se reuniram em assembleia na tarde desta quinta-feira (17) e decidiram pelo fim da greve deflagrada no dia 31 de agosto. Os metalúrgicos vão aguardar o julgamento do dissídio coletivo trabalhando. 
 
A decisão foi tomada depois de acordo feito entre o Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos do Estado (Sindimetal-ES) chegou a um acordo com o Sindicato das Indústrias Metalúrgicas de Material Elétrico do Estado (Sindifer-ES) em audiência de conciliação realizada na última quarta-feira (16). 
 
Na ocasião, o Sindimetal concordou com o retorno dos trabalhadores, desde que haja o pagamento do adiantamento salarial àqueles que participam da greve. Já o Sindifer garantiu que pagaria o adiantamento quinzenal no prazo de três dias úteis após o retorno dos trabalhadores. 
 
A greve foi deflagrada pela rejeição dos trabalhadores aos termos da empresa para a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho. Foram feitas duas mediações, uma no Ministério Público do Trabalho no Estado (MPT-ES) e outra na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), quando se chegou a um reajuste de 8,5%. Colocada em votação, a proposta foi rejeitada pelos trabalhadores por não repor nem a inflação do período que fechou agosto em 9,88% pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). 
 
Na assembleia, os trabalhadores também decidiram alterar o pleito referente ao índice de reajuste salarial, passando de 12% para 10% e manter a greve até a empresa ceder à reivindicação dos metalúrgicos. 
 
Em vez de apresentar outra proposta, a empresa impetrou uma ação de dissídio coletivo, passando para a Justiça a responsabilidade sobre os termos do acordo coletivo. 
 
Durante as assembleias, os trabalhadores enfrentaram a pressão da Polícia Militar. Durante os atos, eram deslocadas viaturas para a entrada do estaleiro, com policiais ostentando armas de choque e gás lacrimogêneo na frente dos trabalhadores.
 
Outros motivos de indignação dos trabalhadores estão relacionados à falta de segurança no local de trabalho e às constantes ameaças sofridas pelos metalúrgicos. Várias denúncias tão sendo feitas ao Sindimetal de trabalhadores reclamando das condições precárias às quais são submetidos nas dependências do estaleiro, acompanhadas de ameaças de demissão aos empregados que estão participando dos protestos. Cada caso está sendo analisado pela entidade, que recorrerá à Justiça com o objetivo de reparar os danos sofridos pelos metalúrgicos. 

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