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Trabalhadores de empresas alcooleiras do norte tem direitos trabalhistas garantidos

Os trabalhadores das empresas sucroalcooleiras do norte do Estado, como Destilarias Itaúnas S/A (Disa) e Infinity Itaúnas Agrícola S/A (Infisa), de Conceição da Barra, no norte do Estado passaram, nesta quarta-feira (2) por mais uma conciliação na Justiça do Trabalho em busca do pagamento dos salários atrasados desde junho deste ano.

A audiência resultou na determinação que os trabalhadores sejam incluídos no seguro-desemprego, recebam pelo período em que ficaram sem trabalhar, além dos salários atrasados. Para isso, vai ser expedida liminar com pedido de embargo de R$ 5 milhões do Grupo Bertin/Infinity, para o pagamento dos salários atrasados.

Na manhã desta quinta-feira (3), os trabalhadores se reuniram para receber orientações sobre os procedimentos para obtenção do seguro-desemprego e saque do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).

Em julho deste ano os trabalhadores realizaram uma série de protestos na BR-101 ao descobrirem que as empresas do grupo Infinity estavam desmontando o maquinário e enviando para São Paulo. Na ocasião, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Álcool do Vale do Mucuri (Sindialv), Elias Francisco Costa, afirmou que os trabalhadores da Disa já tinham sete cestas básicas atrasadas e dois meses de salários não pagos. Ele contou que a empresa Ouro Verde, que presta serviço na usina, já estava recolhendo os materiais e deixando no local.

No setor também está havendo uma onda de demissões, sem que haja o pagamento dos direitos dos trabalhadores. Os próprios trabalhadores estão se ajudando, tamanha a dificuldade que enfrentam.

O encerramento das atividades da Disa pode provocar impacto social negativo no município de Conceição da Barra, já que a empresa empregava parcela importante dos trabalhadores.

No município, o clima é de abatimento geral por parte dos trabalhadores que, apesar de terem conseguido na Justiça o direito ao recebimento dos atrasados e dos direitos trabalhistas, ainda vão enfrentar o desemprego.

O grupo Infinity se encontra em processo de recuperação judicial e apresentou à Justiça um novo “Plano de Recuperação Judicial”. Estima-se que somente com fornecedores, a Infinity Bio-Energy tenha uma dívida que ultrapasse os R$ 2 bilhões.

Além disso, o grupo acumula um grande passivo trabalhista e débito milionário nas Fazendas Públicas. O governo do Estado defende a decretação de falência do grupo. No entanto, isso pode ser um risco para os trabalhadores das indústrias, que já se manifestam pelo pagamento de salários e benefícios.

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